ONG Humanidade e Inclusão pede respeito aos direitos de
pessoas com deficiência
Bissau,
09 Ago 19 (ANG) - A Responsável de Seguimento e Avaliação do Projecto VIH e
Deficiência da ONG Humanidade e Inclusão pediu quinta-feira o respeito ao direito das pessoas
com deficiência, de modo à facilitar as suas integrações na sociedade.
Rosa
Maria Mendes Tavares fez esse pedido à margem do seminário sobre VIH e
Deficiência, realizado nos dias 07 e 08 do mês corrente pela Humanidade de Inclusão
aos profissionais da média com o objectivo de os capacitar sobre a forma como podem ajudar no combate à descriminações sofridas pelos deficientes nas
sociedades em que se encontram inseridas.
“As
pessoas com deficiência tal como outras pessoas têm os seus direitos e deveres.
Por isso, merecem respeito por parte do Estado, assim como da própria sociedade,
uma vez que são capazes de contribuir para o progresso e bem-estar do país tal
como as outras”, referiu Mendes Tavares.
A
responsável de Seguimento e Avaliação do Projecto VIH e Deficiência revelou que
15 % da população mundial vive com deficiência e que 80% das quais se encontram
nos países em desenvolvimento.
Maria
Rosa Mendes Tavares acrescentou que segundo os dados do estudo biocomportamental
feito pelo Centro de Saúde de Bandim, na Guiné-Bissau existem 6.2 % das pessoas
com deficiências e que a taxa de prevalência de VIH nessas pessoas é de 7.2%.
sublinhou
que as pessoas com deficiências merecem a
atenção, tendo justificado que são pessoas mais sensíveis devido as suas
incapacidades no que toca com a realização de certas tarefas.
Por sua
vez, em representação da Confederação das Pessoas com Deficiências, Ana Muscuta
Turé defendeu a necessidade de se evitar
situações de descriminações contra as pessoas com deficiências.
“As
situações de descriminação não se verificam só nas palavras, mas também nos
gestos e nas acções. Com esta formação achamos que os jornalistas vão dar as
suas contribuições no que tange com a mudança de mentalidade nas sociedades”,
desejou Muscuta Turé.
Ana
sublinhou que as pessoas com deficiências não devem ser caracterizadas pelos
seus defeitos e nem devem ser excluídas por não serem iguais às pessoas que não têm
deficiências visíveis.
Por outro
lado, Muscuta Turé referiu que o artigo primeiro de Convenção de Nações Unidas
sobre Direitos das Pessoas com Deficiência permite a protecção e garantia do
gozo de direitos humanos e liberdades fundamentais para todas as pessoas com
deficiências, e que resta simplesmente o respeito à referida convenção.
Salientou
que o artigo oitavo da convenção acima mencionada,
mostra que a mudança de mentalidade deve começar na família devido a sua
importância no processo de evolução de uma pessoa com deficiência.
“O artigo
31 da mesma convenção vem nos dizer que o Estado é o responsável pela recolha
dos dados das pessoas com deficiências de um dado país, de modo à ter
informações necessárias para respeitar as suas garantias, respeitar as normas
dos direitos humanos, entre outras”, informou.
O seminário sobre VIH e Deficiência [A1] [A2] enquadra-se nas actividades do projecto VIH e Deficiência,
financiado pelo Fundo Mundial e tem como objectivo contribuir para redução de
novas infecções no grupo de pessoas com deficiência, apoiar a promoção de
direitos humanos e eliminar os
obstáculos, de modo a melhorar o acesso à prevenção.ANG/AALS/ÂC//SG
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