Bissau, 19 set 19 (ANG) - Os
pedidos de asilo feitos por migrantes continuam caindo nos países da OCDE, até os Estados Unidos, principal destino dos
requerentes, registrou uma baixa.
Os dados fazem parte de um
relatório divulgado quarta-feira (18)
pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O documento relata que
1,07 milhão de pedidos de asilo foram registrados em 2018. O número representa
uma queda de 10% nas solicitações nos países europeus e 17% nos demais países
membros da entidade.
Essa tendência vem sendo constatada
há três anos, já que em 2015 e 2016 cerca de 1,65 milhão de pessoas pediram
asilo, contra 1,26 milhão em 2017.
No âmbito mundial (além
dos membros da OCDE), o número de pedidos também registrou uma queda de 28%.
Os Estados Unidos,
país que tradicionalmente recebe o maior número de deamndas, é um dos que
apresentaram a principal queda.
No ano passado, 254 mil
pessoas solicitaram asilo no território norte-americano, 77 mil a menos que em
2017.
O endurecimento da
política migratória de Washington, que implementou um sistema de “tolerância
zero” para os clandestinos, é apontado como uma das razões dessa baixa.
Além dos Estados Unidos,
Itália e Alemanha registram as quedas mais importantes. No ano passado, Roma
recebeu 73 mil pedidos a menos, enquanto Berlim teve 36 mil solicitações a
menos.
Em contrapartida, Espanha
e França são apontados como os únicos países da OCDE a terem registrado
uma alta nos requerimentos de asilo. Em comparação com 2017, Madri recebeu no
ano passado 22.300 pedidos a mais (73%), e Paris 19 mil a mais (20%).
Os venezuelanos são os que
mais solicitam asilo na Espanha, seguidos dos afegãos, os sírios e os
iraquianos. Já na França, os principais requerentes são albaneses e georgianos,
o que contradiz o mito do pedido de asilo feito por migrantes que fogem de
guerras no continente africano ou conflitos no Oriente Médio.
Ainda de acordo com o
relatório da OCDE, a migração por razões profissionais – que não depende do
regime de asilos – teve uma alta de 6% em 2018.ANG/RFI
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