Papa Francisco inicia visita à África Austral em Maputo
Bissau, 05 set 19 (ANG) - O Papa Francisco iniciou hoje uma visita a Moçambique
que decorre até Sexta-feira, enquadrada num périplo aos países da. África
Austral.
Chegado por volta das 18h25 locais à Base Aérea de
Maputo, o sumo pontífice foi acolhido na pista pelo Presidente Filipe Nysui e
foi ovacionado pela multidão.
Finda uma cerimónia de boas-vindas, o Papa seguiu de
papamóvel por algumas artérias da capital onde o aguardavam numerosos fiéis.
Durante esta que é a segunda visita de um papa ao país
desde a deslocação em 1988 do então sumo pontífice João Paulo II, o Papa
Francisco deve avistar-se sexta-feira com o Presidente da República, no Palácio
da Ponta Vermelha, a partir de onde fará o seu primeiro pronunciamento aos
moçambicanos, estando igualmente previstos encontros designadamente com
responsáveis da sociedade civil.
Sexta-feira, dia em que o Papa termina a sua visita ao
país, será o ponto culminante com uma missa campal, no Estádio Nacional do
Zimpeto. Estima-se que a missa marcada para as 10 horas deva ser seguida por
umas 90 mil pessoas. Mais pormenores com Orfeu Lisboa.
Esta visita papal tem sido aguardada com expectativa
em Moçambique. Ainda quarta-feira, ao anunciar uma tolerância de ponto em
Maputo na sexta-feira para os fiéis poderem seguir a missa campal, o Presidente
Nyusi exortou todos os moçambicanos a acompanhar esta visita referindo que se
trata de "um momento para celebrar e para estar juntos".
No mesmo
sentido, o antigo Presidente Joaquim Chissano considerou que a visita do Papa
poderá "animar os moçambicanos para resolverem os seus próprios
problemas".
Por coincidir com a campanha eleitoral, antes mesmo de
acontecer, a perspectiva desta visita não deixou contudo de ser alvo de
críticas, observadores tecendo advertências contra eventuais tentativas de
aproveitamento político dessa deslocação.
Também apreensivas, organizações moçambicanas e
internacionais de defesa dos Direitos Humanos em Moçambique pediram hoje ao
papa Francisco que se pronuncie publicamente contra os atropelos aos Direitos
do Homem no país. "Estamos profundamente preocupados com a crescente
intimidação e perseguição aos defensores dos direitos humanos, activistas,
organizações da sociedade civil e media", disseram em carta aberta uma
dezena de organizações incluindo a Amnistia Internacional.
Depois desta é que a primeira etapa da digressão do
Papa Francisco pela África Austral, o sumo pontífice segue sexta-feira à tarde
para Madagáscar onde é esperado no terreno da luta contra a pobreza nesta ilha
corroída pela corrupção e a instabilidade política.
Nas Maurícias,
última etapa da sua deslocação, onde chega no dia 9 de Setembro, antevê-se que
a tónica seja dada à ecologia e à convivência religiosa nesta ilha onde os
cristãos representam 30% da população.ANG/RFI
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