Barbeiros
se divergem quanto ao rendimento da
profissão
Bissau, 10 Out 19 (ANG) – Os
barbeiros da cidade de Bissau estão
duvidoso quanto ao rendimento económico
desta profissão no país uma vez que uns consideram o rendimento suficiente para
sustentar a vida outros dizem que não.
De acordo com Maio Fernando
Dafa, proprietário do salão com mesmo nome situado em Cupelun, zona dos
Bombeiros, numa entrevista hoje a ANG disse que o dinheiro proveniente do seu
trabalho dá para sustentar a sua vida ou seja satisfazer as suas necessidades,
apesar de não ser nada fácil.
“No meu caso não tenho queixa
dos clientes neste momento.As vezes as pessoas aguardam o momento para tirar o cabelo, o preço por pessoa é de 500
francos CFA e já estou neste trabalho desde o ano 2008 ou seja há 21 anos
“,disse.
Dafa disse que apesar das
contribuições que paga para ter acesso ao local: renda, energia e a câmara
municipal ainda tem lucro, salientando que a corte mais tirada é o tipo chamado
de “Cumen Bazz”, por ser feito pelos jovens e esta na moda.
“Mas também faço outros
estilos caso de raso entre outros” acrescentou frisando que o seu rendimento
diário varia de 5000 a 7500 francos CFA .
Alain Correia, dono da barbearia cito no
bairro de Santa Luzia tem opinião
diferente no que concerne a rentabilidade da profissão. Disse que é preciso ter
muita coragem para ser barbeiro em Bissau.
“Eu iniciei este trabalho
desde 2008, trabalhava como auxiliar de
um amigo e com o tempo reuni condições e abri o meu próprio negócio. Devido a
situação do país, as coisas não estão indo bem porque há dias em que o
movimento torna fraco, com excepção dos finais de semana ou nos dias de festas:
casos do Natal e Fim do Ano ou nas duas rezas dos muçulmanos. São períodos em
que costumamos ter muitos clientes”, explicou.
Alain disse que apesar das
dificuldades consegue através do seu trabalho
sustentar a sua vida sem contudo avançar com o montante que ganha
diariamente, tendo responsabilizado a multiplicação dos salões de cortes de
cabelos pela queda do rendimento deste trabalho.
“no meu salão o corte mais solicitado
é o que chamam de “Cumen Bass” ou “corte de Cabaz”, porque são os jovens que os
fazem imitando os famosos . Este tipo de corte está a usar não só na
Guiné-Bissau, mas no mundo todo. São cortes que os artistas, jogadores e outros
famosos fazem, também tiro cabelo para as mulheres e faço colagem das unhas.
A profissão de barbeiro entrou
nos bairros e conquistou muitos jovens nacionais e estrangeiros que a dedicam
praticando preços mais baixos comparativamente aos praticantes da mesma
profissão mais idosos, instalados no centro da cidade de Bissau.
“Antigamente, quem quer cortar
cabelo tem que se deslocar a Praça, agora a barbearia é ali ao lado das nossas
casas”, lembra um idoso que responde pelo nome de Djagra. ANG/MSC//SG
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