Sindicato
de Base se manifesta contra “intenção de privatização da empresa”
Bissau, 14 Out 19 (ANG) – O Porta-voz
do sindicato de Base dos trabalhadores da Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau(EAGB)
disse hoje que o Ministro dos Recvursos Naturais e Energia, Issufo Baldé pretender transformar a EAGB, empresa pública numa sociedade anónima privada.
Mário Banca falava numa
conferência de imprensa na qual tornou público o que diz ser intenções do novo Ministro da Energia, e disse que tomaram conhecimento dessa pretensão através duma
fonte que preferem não revelar, frisando
que o ministro em causa fez uma carta ao
Chefe de governo , pedindo autorização para a mudança da EAGB de capital pública
para sociedade anónima.
“Como é do conhecimento público,
a EAGB sempre trabalhou como uma empresa pública, mas se o Estado entender que a
deve mudar para privada, o sindicato
devia estar envolvido no processo, o que não aconteceu. Tivemos a informação
através da carta do Ministro da Energia ao Primeiro-ministro, o que surpreendeu
o sindicato”, disse.
Da Costa explicou que depois
de terem acesso ao conteúdo da carta convocaram uma reunião de emergência com
todos os trabalhadores da empresa, frisando que a EAGB tem dividais avultadas
com os funcionários referentes a mais de 37 meses, e que remonta de Agosto de 2013.
Disse que a empresa não os
deposita na Segurança Social mas que desconta fundos aos trabalhadores para o
efeito, o que diz ser “um crime”.
Banca disse que se a empresa
passar para as mãos de um privado vai ter consequências e que uma delas é a
perda do emprego por certos colegas, o
que diz ser preocupação do sindicato.
Sustenta que o Estado criou a empresa em causa não só
para dar a luz e água, mas também para gerar emprego dentro do país.
“Mas como o Estado é o dono da
empresa pode a usar de maneira que entender. Mas se continuar a ideia de
privatizar a EAGB, então pedimos só uma coisa: que o processo de privatização e
possível licenciamento de alguns trabalhadores, seja feito em simultâneo com o pagamento de todas as
dívidas contraídas com os funcionários. Quer dizer, as possíveis indemnizações, pagamento da
Segurança Social e mais outras regalias dos
trabalhadores devem ser pagos uma só vez “, disse Mário Banca.
O igualmente vice-presidente
do sindicato de base da EAGB acrescenta que,” se não estão em condições de
pagar as dividas que travem essa intenção e busquem fundos para que o despedimento e as
indemnizações possam acontecer em simultâneo”.
Banca afirmou que não vão
aceitar despedimentos, caso vier a
acontecer, para depois estarem a correr atrás do Governo para cobrar as
dívidas.
Reconheceu que não
podem impedir o Governo de privatizar a empresa porque é do Estado, “mas diz que
os direitos dos trabalhadores não serão postos em causa” .
Por seu turno o Presidente do
sindicato de Base dos Trabalhadores da EAGB disse que a empresa neste momento é
rentável mas que a administração é que
não esta a dar cartas, tendo garantido que estão a fazer diligências junto aos
mais altos dirigentes do país no sentido de travar a privatização e diz que se até a próxima quarta-feira nada for feito
vão reagir “forte e feio”.
“Vamos organizar um evento antes da
quarta-feira pondo funcionários a frente a empresa até a mudança de posição do
ministro, caso isso não surtir efeito vamos tomar medidas mais radicais, o que
ninguém deseja “,disse. ANG/MSC//SG
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