Xi Jinping e
Emmanuel Macron pedem 90.000 ME para combater alterações climáticas
Bissau,
06 nov 19 (ANG) - O Presidente chinês Xi
Jinping e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron apelaram hoje aos países
desenvolvidos que invistam 100.000 milhões de dólares (90.000 milhões de
euros), até 2025, para combater as alterações climáticas.
Numa
declaração conjunta, intitulada “O apelo de Pequim à conservação da
biodiversidade e ao combate às alterações climáticas”, os dois líderes
reafirmaram o seu “firme apoio ao Acordo de Paris”, que consideraram “um
processo” irreversível e uma “bússola” para uma “acção forte” na questão
ambiental.
Xi e Macron disseram que “estão determinados a
fazer esforços sem precedentes para garantir o futuro das novas gerações” e
“intensificar os esforços internacionais” para combater as alterações
climáticas, além de “acelerar a transição para o desenvolvimento verde”.
A
declaração pede que “todos os países, autoridades internacionais, empresas e
organizações não-governamentais publiquem, até ao próximo ano, as suas
estratégias de desenvolvimento a longo prazo, até 2050, para reduzir as
emissões de gases de efeito estufa”.
Os dois
chefes de Estado apelaram ainda a “um compromisso activo dos líderes políticos
ao mais alto nível”, em favor da biodiversidade, e ao trabalho conjunto para
“reverter a curva de perda da biodiversidade” até 2030.
Ambos os
países pediram ainda um compromisso para com a restauração dos ecossistemas e
medidas ambiciosas para interromper e reverter a degradação da terra e do mar,
recuperando pelo menos 30% dos ecossistemas degradados.
Os dois
líderes enfatizaram que o “Fundo Verde” para o clima das Nações Unidas
“desempenha um papel essencial na mobilização de recursos financeiros para os
países em desenvolvimento”.
A
declaração conjunta, emitida durante a visita de Estado de Macron a Pequim,
surge após os Estados Unidos informarem a Organização das Nações Unidas (ONU)
de que iniciaram o processo de retirada do acordo de combate às alterações
climáticas, assinado em Paris há quatro anos.
O Acordo
enunciou a meta de impedir um agravamento da subida já verificada na
temperatura média mundial em mais entre 0,5 e 1 grau Celsius.
Mas os
compromissos avançados pelos participantes em 2015 são insuficientes para
impedir aqueles níveis de aquecimento.
O
aquecimento global, provocado pela queima de carvão, petróleo e gás, já causou
o aumento da temperatura média global em um grau centígrado desde o final do
século XIX.
Entre os
seus resultados estão a fusão dos gelos, eventos extremos e a acidificação dos
oceanos. E os cientistas asseguram que, dependendo da quantidade de dióxido de
carbono emitido, a situação só vai piorar até ao final do século, com a
temperatura a aumentar vários graus e o nível médio do mar em pelo menos um
metro. ANG/Inforpress/Lusa
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