terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Mudanças climáticas


                           Guterres pede “entendimento comum”
Bissau, 03 dez 19 (ANG) – A  Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, COP25 arrancou  segunda-feira, em Madrid , e os  196 países reunidos na capital espanhola devem tomar decisões para acelerar a luta contra a crise climática, num momento em que os fenómenos meteorológicos extremos se multiplicam.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu “a todas as partes a ultrapassarem as suas actuais divisões e a encontrarem um entendimento comum” para lutar contra as alterações climáticas.
Quem também participou na COP25 foi o primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Aristides Gomes salientou o plano nacional de investimento para a energia sustentável e começou por lembrar a vulnerabilidade da Guiné-Bissau.
Aristides Gomes marcou presença numa mesa redonda sobre os planos nacionais para aumentar a ambição das metas de combate ao aquecimento global do planeta.
António Costa, o primeiro-ministro Portugal, por seu lado anunciou a realização em Junho do próximo ano de uma conferência mundial, coorganizada com o Quénia, sobre oceanos e sublinhou que em 2020 Lisboa vai ser a capital verde da Europa.
Inicialmente a COP25 estava prevista para Santiago do Chile, mas a contestação nas ruas contra o Governo do presidente Sebastian Piñera levou ao cancelamento da agenda.
Sebastian Piñera justificou a decisão “num sábio princípio de bom senso”, sublinhando que “um presidente tem sempre que colocar os seus próprios compatriotas acima de qualquer outra consideração”.
A contestação social levou milhões de chilenos às ruas e ficou marcada pela brutal repressão das forças de segurança, com o exército na rua para esmagar os protestos. Dezenas de pessoas morreram.
O cancelamento da COP25 em Santiago do Chile é visto por muitos analistas como uma forma de afastar do terreno os meios de comunicação social internacionais, que cobririam a cimeira do clima.
Para a moçambicana Dipti Bhatnagar, coordenadora dos programas de justiça climática e energia da organização Amigos da Terra Internacional, e membro da organização moçambicana Justiça Ambiental, a população chilena “está a enfrentar muita repressão do seu Governo”. A COP mudou de Santiago para Madrid, mas “não esquecemos o povo chileno” sublinhou Dipti Bhatnagar, que acrescenta que o local da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima foi alterado para que os “olhos do mundo” não estivessem focados nas manifestações.ANG/RFI

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