quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

NATO


                             Divisões marcam cimeira de Londres
Bissau, 04 dez 19 (ANG) - A cimeira da NATO, em Londres, reúne terça e quarta-feira, líderes de 30 países, num contexto de tensão entre os países membros.
O encontro coincide com os 70 anos da Aliança Atlântica . 
Um aniversário em plena crise. Afinal, para que serve hoje a NATO? As dúvidas sobre a organização, criada em 1949 para proteger cerca de mil milhões de pessoas, foram, no fundo, lançadas pelo Presidente francês, em Novembro, numa entrevista que provocou um electrochoque entre os países-membros. Emmanuel Macron disse, na altura, que a NATO estava num estado de morte cerebral e hoje insistiu que mantinha as afirmações.
Nessa entrevista à The Economist, Emmanuel Macron criticou a falta de coordenação entre os membros da NATO depois de a Turquia - sem os ter avisado - ter invadido o norte da Síria para eliminar os curdos sírios, que tinham sido aliados do Ocidente na luta contra o Estado Islâmico.
 Na mesma entrevista, Macron perguntava o que faria a NATO se a Síria respondesse à agressão turca no seu território, lembrando que o Artigo 5.º defende que “um ataque a um é um ataque a todos”.
Em resposta, na semana passada, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que é Macron quem está em “morte cerebral”.
Por sua vez, esta manhã, ao lado do secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que Emmanuel Macron foi “muito insultuoso” quando apontou que a NATO estava em “morte cerebral”.
Donald Trump também criticou a intenção francesa de taxar os gigantes tecnológicos americanos como a Google, Apple, Facebook e Amazon, e ameaçou aplicar taxas alfandegárias adicionais, que podem atingir os 100 %, sobre queijos, champanhe e outras iguarias ou produtos franceses equivalentes a 2,4 mil milhões de dólares. ANG/RFI

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