sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Presidenciais 2019


     Carlos Lopes destaca “tendência ao oportunismo” na vida política guineense
Bissau, 06 dez 19 (ANG) - O economista  Carlos Lopes afirmou, quarta-feira, que as “alianças não duram muito tempo” e que na Guiné-Bissau existe “uma certa tendência ao oportunismo”.
A declaração surgiu depois do anunciado apoio de Nuno Nabian, o terceiro mais votado na primeira volta das presidenciais na Guiné-Bissau, a Umaro Sissoco Embaló que vai disputar a segunda volta com Domingos Simões Pereira.
“É o jogo democrático. As pessoas fazem as alianças que quiserem, embora na Guiné-Bissau exista uma certa tendência ao oportunismo, quer dizer as alianças não duram muito tempo. Neste caso, é uma aliança eleitoral imediata, eu acho que é o percurso normal de uma situação eleitoral”, afirmou, em declarações à agência Lusa, o economista Carlos Lopes.
O guineense, também especialista em planeamento e desenvolvimento estratégico, falava, esta quarta-feira, à margem do II Colóquio Internacional sobre a História do MPLA, que decorre até sexta-feira em Luanda.
Em causa, o acordo entre Nuno Nabian, o terceiro mais votado na primeira volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, e Umaro Sissoco Embaló que vai enfrentar Domingos Simões Pereira na segunda volta, a 29 de Dezembro.
O documento tem também as assinaturas, como testemunhas, de Braima Camará, coordenador nacional do Madem-G15, partido que apoia Umaro Sissoco Embaló, e Alberto Nambeia, presidente do PRS, que apoiou Nuno Nabian na primeira volta.
Na primeira volta, Domingos Simões Pereira, do PAIGC, obteve 40,13% dos votos, e Umaro Sissoco Embaló conseguiu 27,65%
Qualquer um dos candidatos tem condições de vencer mas é evidente que Domingos Simões Pereira chegou com 40% na primeira volta, tem toda a possibilidade de crescer, faltam-lhe nove vírgula qualquer coisa”, defendeu Carlos Lopes que na campanha para a primeira volta tinha apelado ao voto em Domingos Simões Pereira.
 Entretanto, os vice-presidentes da APU-PDG se demarcaram do acordo assinado terça-feira, pelo presidente do partido, Nuno Gomes Nabian em Dacar, Senegal, para apoiar o candidato Umaro Sissoco Embalo, na segunda volta.
Os quatros vice-presidentes, Armando Mango, Fatumata Djau Baldé, Joana Cobdé Nhanca  e Batista Té,e o Secretário-geral do partido, Juliano Augusto Fernandes declararam, em comunicado, que o referido acordo não sendo decidido por uma instância do partido só vincula Nuno Nabian que o assinou.
Estes dirigentes da APU-PDG prometerem tornar público, nos próximos dias, a decisão do partido sobre quem apoiar na segunda volta, cuja campanha eleitoral arranca no dia 13 de dezembro.  ANG/RFI

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