Pelo menos 810 pessoas morreram em tentativa de migração
Bissau, 29 jan 20 (ANG) - O ano de 2019 foi o mais
mortal para migrantes na região das Américas, segundo dados de um relatório do Projeto Migrantes
Desaparecidos, compilado com o apoio das Nações Unidas.
Foram 810 vidas perdidas em travessias de rios, áreas remotas e
cruzamentos pelo deserto, quando tentavam abandonar seus países à procura de
outro.
O diretor do Centro de Análise de Dados
da Organização Internacional para Migrações, OIM, afirmou que os números são um
lembrete triste da falta de opções para movimentos seguros e legais de pessoas.
Frank Laczko disse que os caminhos mais
perigosos e desconhecidos colocam os migrantes sob maior risco. Desde 2014,
quando se iniciaram os registros das travessias de migrantes, mais de 3,8 mil
pessoas perderam a vida nas Américas.
Os números foram compilados com base em
dados oficiais e informação de organizações não-governamentais, ONGs, e relatos
da mídia.
Segundo a OIM, a perda de vidas jamais
deveria ser tolerada ou encarada como “normal” e parte de um “risco calculado”
com a migração irregular.
A região de fronteira mexicana-americana
é uma das mais expostas quando o assunto é morte de migrantes.
No ano passado, 497 pessoas morreram na área
tentando entrar nos Estados Unidos.
A maioria das vidas se perdeu nas águas
do Rio Bravo / Rio Grande, localizado entre o estado americano do Texas, e o
estados mexicanos de Tamaulipas, Nuevo Léon e Coahuila onde 109 migrantes
morreram em 2019.
O
número representa um aumento de 26% se comparado à quantidade de mortes em
2018.
Muitos migrantes que tentavam cruzar as
áreas remotas dos desertos do Arizona morreram sem completar o trajeto. Foram
171 óbitos nessa área no ano passado contra 133 em 2018.ANG/ONU NEWS
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