terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Greve/função pública


Fatumata Djau Baldé pede contenção aos sindicatos para permitir aos alunos irem à escola

Bissau,04 Fev 20(ANG) – A ministra da Administração Pública e Modernização de Estado, Fatumata Djau Baldé pediu  contenção às duas Centrais Sindicais do país nas suas reivindicações através de promoção de greves na Função Pública.

Fatumata Djau Baldé
“Pedimos mais uma vez as duas Centrais Sindicais, nomeadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes(CGSI), uma contenção nas suas reivindicações de forma a permitir  aos nossos filhos irem à escola e terem acesso à saúde”, pediu Fatumata Djau Baldé, numa conferencia de imprensa realizada Segunda-Feira.

A governante afirmou que o sistema de educação e saúde do país é muito frágil e que ficam ainda  mais degradados com ondas de greve.

Disse  que os pontos constantes no pré aviso de greve das duas Centrais Sindicais já estão a ser resolvidas paulatinamente pelo Governo, tendo por isso apelado aos sindicatos para darem tempo ao executivo, de forma a poder resolver todos os problemas restantes que a ministra diz serem de ordem estrutural.

“Não são medidas que podem ser solucionadas de um momento para outro, porque exige a realização de um trabalho de fundo que necessita de uma contenção da parte dos sindicatos”, disse.

Em reação às declarações da ministra da Função Pública, o Secretário-geral da UNTG reiterou que a luta vai continuar enquanto o Governo não satisfazer as exigências dos sindicatos.

“Posso vos dizer que o Governo ainda não cumpriu nem sequer 25 por cento das nossas reivindicações”, salientou Julio Mendonça.

O Secretário-geral da UNTG contra-atacou  que o Governo deve devolver os dinheiros descontados aos professores e suspender todos os  estagiários admitidos  na função pública de forma ilegal ou seja sem concurso público.

Aquele líder sindical defende  que, doravante, os ingressos na Função pública devem ser mediante vagas existentes em cada Ministério e a disponibilidade financeira, devendo cada cidadão interessado em trabalhar se submeter a um concurso público, em pé de igualdade com todos.

Júlio Mendonça disse que, se o Governo corrigir todas essas irregularidades, a partir daí, os sindicatos podem dar mais benefício de dúvidas e esperar o executivo concluir os trabalhos.

Em resposta ao apelo do Secretário-geral da UNTG, a ministra da Administração Pública, reconhece que a massa salarial subiu drasticamente nos últimos anos na Função Pública.

Júlio Mendonça
Fatumata Djau Baldé confirma  que, doravante, o ingresso na função pública será por via de concurso e mediante  cabimento de verbas no Ministério das Finanças.

“A partir de agora qualquer Ministério que precisar de recrutar um técnico deve dirigir-se ao Ministério da Função Pública e este por sua vez vai pedir a verba ao Ministério das Finanças. Se existir a garantir financeira, será depois realizado um concurso público e os apurados serão dotados imediatamente de um ordenado mensal”, explicou a governante.

As duas Centrais Sindicais do país iniciaram hoje a quinta vaga de greve na função pública com duração de três dias.

Em reivindicação consta entre outras, o reforçar da política de proteccionismo laboral no país, aprovação do Estatuto de Conselho Permanente de Concertação Social e a criação da sua sede, harmonização da tabela salarial na administração directa/indirecta e institucionalização do salário mínimo no valor de 100.000 francos CFA aos servidores de Estado.ANG/ÂC//SG


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