Inacep/“Documentos oficiais do Estado devem ser produzidos na empresa”, diz
o novo Director-geral
Bissau,12 Mai 20(ANG) – O
novo Director-geral da Imprensa Nacional, Inacep, disse que está a accionar
mecanismos junto do Governo para que doravante todos os documentos oficiais do
Estado possam ser confeccionados nesta gráfica.
Bamba Banjai |
Bamba Banjai, em entrevista
exclusiva hoje à ANG, disse que já solicitou ao Governo no sentido de discutir
e aprovar no Conselho de Ministros o despacho que irá ordenar para que todos os
documentos oficiais do Estado passem a ser produzidos na Inacep.
Aquele responsável criticou
o procedimento do anterior executivo que durante os preparativos das eleições
passadas, ordenara a produção de
Cadernos Eleitorais numa gráfica privada, tendo questionado a segurança dos
referidos dados eleitorais.
Adiantou que recentemente o
Governo mandou produzir cartões de livre
trânsito para a circulação de viaturas nas gráficas privadas , mas que vieram a
ser falsificadas e revendidas nos
mercados.
“Até os selos, cartas de
condução e outros documentos importantes do Estado da Guiné-Bissau são
falsificados e revendidos nos mercados porque foram produzidos nas gráficas
privadas e sem uma garantia de segurança”, lamentou Bamba Banjai.
Perguntado como herdou a
Inacep em termos materiais e de recursos humanos, Banjai disse que a Imprensa
Nacional dispõe de equipamentos obsoletos e que não tem capacidades de dar
respostas às exigências modernas.
De acordo com ele, é urgente
a renovação da maquinaria da gráfica nacional de forma a estar à altura dos
desafios actuais e concorrer no mercado interno e da sub região.
No que tange a situação
financeira, Bamba Banjai sublinhou que a Inacep se encontra numa situação
“desastrosa”, acrescentando que o Governo através do Ministério das Finanças
tem uma dívida com a Imprensa Nacional no valor de dois mil milhões de francos
CFA.
“Já avisei ao ministro das
Finanças no sentido de fazer diligências para amortização da referida dívida,
sob pena de accionarmos as medidas judiciais ou organizar uma vigilia dos
trabalhadores da Inacep à frente do Ministério das Finanças”, salientou.
Em relação aos recursos
humanos, Bamba Banjai frisou que a Inacep conta actualmente com mais de cem
funcionários e dentre os quais, muitos não comparecem no serviço por razões
desconhecidas.
Por esta razão, disse que
vai adoptar uma política de reestruturação do pessoal de
forma a saber quais são os funcionários activos e inativos, ao nível de
produção, serviços comerciais, marketing, entre outros.
O Director-geral da Inacep
disse que os trabalhadores da gráfica nacional estão actualmente com quatro
meses de salário em atraso relativo ao presente ano 2020.
Informou que se deparam
ainda com a situação de 20 anos de atrasados no pagamento da Segurança Social,
que, quantificado, rondam os 700 milhões de francos CFA.ANG/ÂC//SG
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