Covid-19/Alfaiates consideram “negócio lucrativo” venda
de máscaras de proteção
Bissau, 01 Jun 20 (ANG) – Dois
alfaiates guineenses produtores de máscaras para proteção contra Coronavirus consideraram
hoje de lucrativo a produção e vendas das mesmas durante este período da
pandemia.
As considerações dos dois
foram feitas hoje à ANG, tendo em conta
o uso obrigatório de máscaras decretada
pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, no quadro da prevenção contra
a pandemia.
Mário Wilson Gomes, proprietário
da alfataria “Nitchon”,no Bairro de Cupelum disse que trabalham com um Projecto que lhes deu um contrato para
fazer 30 mil máscaras, e que para o efeito tiveram que contratar outras alfaiatarias,
uma vez que não podem produzir toda a quantidade solicitada, no período acordado.
“Cada alfaiate que produzir
a quantia de mil máscaras recebe de imediato o seu dinheiro e nós entregamos
toda a quantia produzida no preço de 500 francos CFA cada ao projecto, que, por
sua vez, as revende no valor de 750 francos”,
explicou.
Explicou que é melhor trabalhar com os projectos uma
vez que o Estado não não lhes oferece uma alternativa melhor. Disse que com os
projectos conseguem mais lucros.
Wilson Gomes disse que, uma
vez que já concluíram os trabalhos dos 30 mil máscaras, estão a espera de uma
outra encomenda.
“As máscaras diferem da
qualidade e do preço dependendo do tipo de tecido utilizado na sua feitura. As
de panos custam entre 250 à 500 francos e as de tecidos custam mais caro”,
disse.
Assegurou que o que ganham
com a venda de máscaras dá para a sobrevivência
e disse que, as vezes oferecem mais para atrair a clientela.
Alfa Canté |
Canté disse que foi o
primeiro as produzir localmente as máscaras e que começou sem o interesse da as
comercializar.
Em declarações a ANG, Alfa Conté contou que depois que lançar as máscaras nas redes
sociais apareceram muitas criticas de que as máscaras feitas de tecidos não são
apropriadas para a protecção do covid-19.
“A partir dali começou a
pesquisar e descobriu que afinal a Organização Mundial de Saúde(OMS) aprovou
que estas máscaras, apesar de não serem cem por cento eficazes , ajudam na
protecção com 50 por cento de probabilidade de não infectar o seu próximo”,
disse.
Informou que desde que
iniciou os trabalhos até a data presente, já fez cerca de 9 mil máscaras que tem
oferecido à amigos e conhecidos, e salientou
que os lucros ganhos são revertidos para a compra de matéria-prima para continuar os trabalhos.
“Tive que começar a vender
as máscaras por um preço razoável, apesar de continuar a oferecer à pessoas
mais carenciadas . Vendo em preços que
variam entre 250, , 500 ,1000 e 1500
francos CFA, tendo em conta a qualidade dos tecidos “,disse. ANG/MSC/ÂC//SG
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