Sociedade/Guineenses divididos entre satisfeitos e
conformados quanto a aprovação do Programa do Governo
Bissau, 30 Jun 20 (ANG) –
Alguns cidadãos guineenses mostraram-se hoje confiantes no sucesso do executivo
liderado por Nuno Nabian e dizem esperar o cumprimento, na prática, das promessas
constantes no Programa do Governo
aprovado segunda-feira na Assembleia
Nacional Popular.
Numa auscultação feita pela ANG, Mustafa Darame, morador d
e Bairro de Belém e estudante do primeiro ano da Escola de Formação de Professores “Tchico Té”, disse que este Governo, em apenas 100 dias, já fez algo muito importante, frisando que está muito confiante no sucesso do executivo em relação a mudança, para positivo, da Guiné-Bissau.“A aprovação do Programa de
Governo é um caminho aberto para que o Governo possa estar à vontade ao nível
nacional e internacional podendo receber fundos das organizações parceiras que
vão ajudar a aliviar o Estado”, disse.
Mustafa Darame disse que o actual Governo, além de estar a pagar salário
regularmente, acabou com a greve no sector educativo, salientando que, para o
próximo ano vai puder estudar sem interupção.
“Na área da energia, temos a
luz 24/24 horas e as estradas estão a ser reabilitadas paulatinamente em várias
localidades do país”, indicou Darame.
Adriano Marques Vieira,
Pedreiro residente em Xime, sector de Bambadinca, disse que, apesar do actual primeiro-ministro
Nuno Nabian chegar a Primatura de uma forma ilegal, é preciso aceitar que a maioria se deslocou no
parlamento, graças a cumplicidade dos deputados que qualificou de “traídores”
no seio do PAIGC.
Acrescentou que, mais uma
vez, foi violada as regras do partido(PAIGC),
mas que isso não constitui novidade na politica guinense.
Para Vieira, agora é hora de
todos os filhos da Guiné-Bissau se unirem a volta do Governo de Nabian para o
bem do país.
Sublinhou que as exigências
da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), não vão dar em
nada uma vez que o Chefe de Estado está com este Governo.
“Contudo, eu como militante
do PAIGC, sei que o meu partido não vai desistir da luta para obter os seus direitos
que conquistou nas urnas nas legislativas de 10 de Março de 2019”, disse.
Joia Té, cidadã comum que
não quer dar mais detalhes da sua vida é de opinião de que o país já sofreu
muito por causa de puxa-puxa dos políticos.
Té sugere que seja
formado um governo de Unidade Nacional, para
juntos se trabalhar a volta do Programa do Governo agora aprovado, “uma vez
que, segundo ela, vai ser difícil fazer
o poder voltar ao partido que ganhou as eleições legislativas no ano passado.
“Por isso peço ao PAIGC ,
para o bem da Guiné-Bissau, que aceite entrar nesse Governo, uma vez que os seus próprios
deputados é que legalizaram este Governo num acto pouco digno”, referiu.
Entretanto Joia Té sustenta
que está-se na Guiné-Bissau onde tudo pode
acontecer, e diz que mesmo em relação ao Executivo de Nuno Nabian, apesar de o seu
desejo de acalmia no país,ninguém sabe até quando vai durar a coabitação nessa
nova maioria parlamentar.
A estudante do 9º ano do
Liceu Agostinho Neto, Joana Vieira espera que, o instrumento de governação aprovado
segunda-feira pelos deputados da Nação seja aplicado na prática porque o Povo já está cansado de “falsas
promessas” dos políticos que na sua opinião falam muito, mas fazem pouco num
país onde tudo é prioridade.
Afirmou que apesar dos
sinais dados pelo executivo de Nabian nos seus primeiros meses de mandato ainda
está retecente em relação ao futuro da Guiné-Bissau.
Idrissa Djaló mecánico de
motorizada, disse que, apesar de nunca confiar num politico, vai dar o
beneficio de dúvida ao Governo liderado por Nuno Nabian uma vez que já tem o seu
programa aprovado.
“O PAIGC que sempre ganha as
eleições mas depois perde o poder através de violações de regras do partido, e uma vez que a pobreza
está a aumentar e com a pandemia da Covid-19 e a fome que pode vir a afectar
muitos guineenses, é preciso tranquilidade
governativa no país”, sustentou.
O Programa de Governo foi aprovado segunda-feira no parlamento com 55 votos, sem a presença da maioria dos deputados do PAIGC. ANG/MSC/ÂC//SG
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