Rádio CFM/ Presidente da República
e do Parlamento condenam vandalismo à estação emissora privada
Bissau, 28 Jul 20 (ANG) - O Presidente da República,
Umaro Sissoco Embaló e o presidente da Assembleia Nacional, Cipriano Cassamá, condenaram segunda-feira os actos de vandalismo ocorridos domingo na rádio privada Capital FM, em Bissau.Em declarações separadas
no Palácio da Presidência e na sede do parlamento, os dois dirigentes
guineenses consideraram ser inaceitável a destruição dos equipamentos de
emissão da Capital FM.
O Presidente guineense,
Umaro Sissoco Embaló, disse esperar que a Polícia Judiciária apure as
responsabilidades, através de um inquérito sobre o sucedido, que frisou não ser
normal.
"Lamento e condeno,
sem reservas, o atentado contra a rádio Capital FM, porque estamos num país de
democracia, embora a democracia tenha limites", observou Sissoco Embaló.
O chefe de Estado
guineense afirmou regozijar-se com as condenações do Governo e dos deputados do
parlamento ao sucedido, mesmo perante algum excesso que possa ser cometido
"por uma ou outra rádio", disse.
"Não é porque uma
ou outra rádio se excede nas suas actuações que se pode cometer actos do
género, até porque há normas, há ética deontológica", notou Sissoco
Embaló, sublinhando que "não são aceitáveis atos isolados" como a
vandalização dos equipamentos da rádio Capital FM.
O presidente do
parlamento, Cipriano Cassamá, anunciou que nos próximos dias vai emitir uma
resolução parlamentar de condenação aos ataques à rádio dirigida pelo
jornalista Lassana Cassamá.
"Hoje é com a rádio
Capital, amanhã pode ser com a Rádio Nacional ou com outras rádios e nós,
enquanto parlamentares, defensores do Estado de direito democrático neste país,
não podemos aceitar tais práticas", defendeu Cipriano Cassamá.
A direcção da Capital FM
indicou aos jornalistas que "homens armados e fardados" com uniformes
da polícia guineense, imobilizaram o agente de segurança da rádio, na madrugada
de domingo, entraram e vandalizaram os equipamentos e as instalações da
emissora que ficará sem emitir nos próximos tempos.
O director da estação, o jornalista Lassana Cassamá, correspondente da Voz de América na Guiné-Bissau, disse à Lusa que ainda está a inventariar os estragos nos equipamentos e no próprio edifício, situado na avenida da Nigéria, no Bairro Militar, nos subúrbios de Bissau.ANG/Angop
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