Migração/Naufrágio na Mauritânia faz 40 mortos e deixa um sobrevivente
Bissau,
07 Ago 20 (ANG) - Pelo menos 40
migrantes afogaram-se num naufrágio na Mauritânia, ao qual apenas uma pessoa
sobreviveu, informaram quinta-feira a Agência das Nações Unidas para os
Refugiados (ACNUR) e uma fonte de segurança mauritana.
"Novo naufrágio em Nouadhibou (no noroeste do país), com aproximadamente 40 pessoas a bordo, apenas um sobrevivente (da Guiné)", escreveu no Twitter Vincent Cochetel, responsável da agência da ONU.
O ACNUR e a Organização
Mundial para as Migrações (OIM), juntamente com as autoridades locais e seus
parceiros, "estão a tentar intensificar os esforços para evitar tragédias,
mas os traficantes continuam a mentir aos clientes", acrescentou Cochetel,
o enviado especial da agência para o Mediterrâneo central.
O naufrágio foi
confirmado por uma fonte de segurança marítima, que especificou que o acidente
ocorreu em águas internacionais, "bem longe" das margens do país da
África Ocidental, localizado entre o Senegal e o Sahara ocidental.
Mais de 60 migrantes
africanos já se haviam afogado na Mauritânia em Dezembro de 2019, no pior
naufrágio do ano passado na rota de migração ao longo da costa atlântica.
Entre as rotas de
migração para a Europa, a da África Ocidental, por mar ou por terra, foi um dos
itinerários preferidos, adoptado por dezenas de milhares de migrantes em meados
dos anos 2000.
Por mar, uma espécie táxi-barco
recolhia os migrantes em portos que partem do Golfo da Guiné.
As ilhas Canárias, em
Espanha, a cem quilómetros da costa marroquina, eram uma das principais portas
de entrada na União Europeia.
As medidas tomadas por
Espanha reduziram o fluxo, ao ponto de fechar um centro de migração em
Nouadhibou.
Ao mesmo tempo, muitos
migrantes tomaram a rota do Mediterrâneo até Espanha, Grécia e Itália.
Porém, a rota ocidental
sofreu uma recuperação relativa há mais de dois anos, devido a medidas tomadas
contra a migração que passa pela Líbia, segundo a OIM.
Os migrantes deixam a
África Ocidental não apenas por razões económicas, mas também por falta de fé
no futuro ou por pressões familiares.ANG/RFI
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