Covid-19/Institutos de Saúde Pública da CPLP vão estudar impacto da abertura de escolas
Bissau, 16 Set 20 (ANG)
– Os institutos nacionais de Saúde Pública dos nove Estados-membros da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão estudar os impactos da
abertura de escolas nos indicadores da covid-19, para uma eventual cooperação
dos países neste domínio.
A decisão foi tomada terça-feira na 6.ª reunião (virtual) da re
de de institutos nacionais de saúde pública da CPLP e o “objectivo é encontrar formas de cooperação neste domínio, ou mesmo uma estratégia conjunta de actuação, a sugerir aos ministérios da Saúde dos países”, disse à Lusa o director de cooperação da comunidade, Manuel Lapão, após o encontro.Sublinhando que o papel
do
s Institutos de Saúde Pública é o de aconselhamento das decisões políticas
neste setor, Manuel Lapão referiu que outra das questões abordada no encontro e
que preocupa estas entidades é o papel que devem ter nos testes à covid-19.
Uma questão que abrange
a utilização e tipologia dos testes, assim como a oferta económica.
Outro assunto abordado
no encontro de peritos da Saúde da CPLP de hoje e que deve ser tema de um
seminário, a realizar em finais de Outubro, é a necessidade do equilíbrio entre
as medidas para evitar propagação da pandemia aplicadas no trabalho e na vida
social, adiantou Manuel Lapão.
Na reunião técnica da
Rede de Institutos de Saúde Pública da CPLP foi discutida também a discrepância
entre o conhecimento científico sobre a forma como o novo coronavírus se
propaga, o volume de informação divulgada sobre o assunto e, por outro lado, o
aumento do número de casos.
A conclusão é que há
mensagens que não passam, disse Manuel Lapão.
Assim, os institutos vão
identificar mensagens que sejam eficazes e dissuasoras de comportamentos que
conduzam ao contágio, para depois serem levadas à discussão com a parte
política nos Estados-membros.
A CPLP integra Angola,
Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal,
Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
A pandemia de covid-19
já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de
infecção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa
AFP.
Em Portugal, morreram
1.875 pessoas dos 65.021 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim
mais recente da Direcção-Geral da Saúde.
Em África, há 32.795
mortos confirmados em mais de 1,3 milhões de infectados em 55 países, segundo
as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
Entre os países
africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de
mortos e Moçambique em número de casos. Angola regista 139 mortos e 3.569
casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.000 casos), Cabo Verde (46
mortos e 4.904 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.303 casos), Moçambique (37
mortos e 5.713 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 906 casos).
A doença é transmitida
por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do
centro da China. ANG/Inforpress/Lusa
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