terça-feira, 15 de setembro de 2020

Covid-19/ OMS apela para que não se espere por vacina para controlar a pandemia

Bissau,15 Set 20 (ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou segunda-feira para que não se espere pela vacina da covid-19 para controlar a pandemia, registando que na Europa há mais novos casos diários que em Março, mas menos mor

Intervindo numa sessão do comité para a Europa da OMS, o director-geral da agência das Nações Unidas, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “se não se controlarem os contágios, mais pessoas morrerão” e mais aumentará “o risco real” de terem que voltar as medidas mais restritivas nas sociedades.

Até haver vacina para a doença, os países podem “usar as ferramentas existentes” para controlar os contactos, “prevenindo eventos amplificadores” de contágios, como os ajuntamentos de grandes dimensões, e salvaguardando “os mais vulneráveis”.

Quando houver vacina, deve estar acessível a todos os países equitativamente, reiterou, afirmando que “num mundo interligado”, se os cidadãos de países mais pobres forem excluídos da vacinação, “o vírus continuará a matar e a recuperação económica mundial demorará mais”.

Ghebreyesus defendeu ainda que só com sistemas nacionais de saúde robustos se conseguem enfrentar pandemias, considerando que essa é “uma das lições mais dolorosas” da covid-19.

Considerou que o investimento na saúde pública se pode equiparar às despesas militares para garantir a segurança das nações.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 924.968 mortos e mais de 29 milhões de casos de infecção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.871 pessoas dos 64.596 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes. ANG/Inforpress/Lusa

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