Covid-19/OMS recomenda corticosteroides no tratamento de casos graves e críticos
Bissau, 03 Set 20 (ANG) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou hoje a utilização de corticosteroides sistémicos no tratamento da covid-19, mas apenas para casos graves e críticos.
O novo guia para médicos sobre o uso de cortic
osteroides em doentes com covid-19, que foi hoje publicado, sublinha que estes fármacos não devem ser utilizados para tratar pacientes que não estejam em estado grave.Segundo o documento, a utilização nos pacientes graves e
críticos é recomendada independentemente de os doentes estarem hospitalizados.
Por outro lado, a decisão de não recomendar o uso de corticosteroides
em doentes que não estejam em estado grave é justificada pela existência de
evidência científica, ainda que com baixos níveis de certeza, que aponta para
um potencial aumento da mortalidade entre estes doentes.
Os corticosteroides estão incluídos na lista de medicamentos
essenciais da OMS, disponíveis em todo o mundo a um baixo custo.
O guia foi desenvolvido em colaboração com a fundação
não-governamental MAGIC, que prestou apoio metodológico no desenvolvimento e
divulgação do guia para o tratamento farmacológico da covid-19.
O documento começou a ser preparado no final de Junho, quando
foi publicado um relatório preliminar do ensaio RECOVERY sobre o impacto dos
corticosteroides.
Além destes resultados, a OMS desenvolveu, em conjunto com os
investigadores, uma meta-análise de outros sete ensaios sobre o medicamento
para conduzir uma meta, com objectivo de fornecer evidências adicionais.
A pandemia do coronavírus que provoca a covid-19 já provocou
pelo menos 857.824 mortos e infectou mais de 25,8 milhões de pessoas em 196
países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final
de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia
em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e
mais mortes. ANG/Inforpress/Lusa
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