quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Comunicação social/Diretor-geral do Nô Pintcha perspetiva voltar a ter o jornal nas bancas três vezes por semana

Bissau, 07 out 20 (ANG) - O Diretor-geral do Jornal Nô Pintcha Abduramane Djaló disse perspetivar para o próximo ano a transformação do Jornal(semanário) num  trissemanário, sustentando que para isso  não basta  pensar mas que é preciso agregar  meios, ter equipamentos e pessoas em condições de o fazer.

Em declarações à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Abduramane Djaló afirmou que o jornal Nô Pintcha, além da sua função de informar, também é o segundo maior arquivo do país depois do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), justificando que reúne as maiores manifestações, os ciclos de crise e tudo aquilo que o país viveu ao longo dos 45 anos.

Disse  que durante cinco meses a testa do Jornal conseguiu recuperar a Sessão de Fotografia, e que  se abdicou de republicar  notícias divulgadas por outros órgãos.

Acrescentou que  uma outra  inovação tem a ver com a publicação em cada edição de notícias de há vários  anos.

“A Sessão de Fotografia do Jornal Nô Pintcha não funcionava há quase 20 anos porque os anteriores diretores tinham acabados com isso. A referida sessão faz parte da alma do jornal Nô Pintcha. Imagine se tivemos a visita de um Chefe de Estado de outro país, o jornalista não pode pegar no telemóvel para tirar fotografia”, explicou.

Abduramane Djaló disse que,  outro ganho, é a recuperação da Secretaria do Jornal, onde todos os jornalistas que vão ao terreno têm que consultar os arquivos quer em termos de fotografias ou notícias para servir como base da notícia.

Acrescentou ainda que atualmente o Jornal tem a sua própria agenda informativa independentemente da agenda política, nomeadamente do governo, da Presidência da República, dos partidos políticos sem necessitar de descorar com uma conferência de imprensa, um anúncio que são espaços que passam diariamente na vida de uma nação.

Disse que outro ganho ao longo dos 5 meses, é uma mulher a ocupar alto cargo no jornal, nomeadamente a chefia da Redação,na pessoa de Elsi Pereira Dias, que substitui Seco Baldé Vieira.

“É a primeira vez na história do jornal Nô Pintcha desde que viu a luz do dia há 45 anos, uma mulher a subir ao pódio do jornal. É uma coragem mas também um passar de testemunha. Uma confiança à uma senhora jornalista formada na comunicação social a subir ao pódio da chefia da redação”, frisou Djaló.

Para além da mudança chefia de redação,
o Nô Pintcha tem novo Director de Informação na pessoa de Bacar Baldé, ex-Director-geral do órgão, que substitui Adulai Djaló.

Acrescentou que, de momento, a ambição é ter um  bissemanário, o que implica o recrutamento de  jornalistas com capacidade de escrever e falar português, com capacidade de narrar acontecimentos e de interpretar as leis.

O jornal estatal, Nô Pintcha foi criado a 27 de Março de 1975 , actualmente vai às bancas as quintas-feiras, depois de um certo período, durante os primeiros anos de sua existência, ter saído três vezes por semana.

ANG/DMG/ÂC//SG  

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