Greve Função pública/ Diferentes Serviços do Hospital Simão Mendes continuam paralisados
Bissau, 06 Jan 21
(ANG) – Os diferentes serviços que compõem a maior unidade hospitalar da Guiné-Bissau
continuam paralisados, devido a greve de cinco dias em curso na função pública,
decretada pela UNTG, apesar de estar a ser cumprido o serviço mínimo.
O repórter da ANG constatou
no entanto que os serviços mínimos estão a ser cumpridos naquele
estabelecimento hospitalar.
Mas, mesmo assim, o Director Geral do Hospital Simão Mendes
Agostinho Semedo reconheceu que a greve está a ter impacto negativo no Hospital Simão Mendes.
Semedo disse que registou-se
uma redução significativa de pacientes e que só recorrem ao hospital aqueles que
estão gravemente lesados e que são atendidos paulatinamente no Serviço de Urgência
pelos médicos disponibilizados para o efeito.
Aconselha aos médicos
instalados nos diferentes serviços do hospital a cumprirem com os seus deveres,
que passa pela prestação de assistência médica e medicamentosa aos doentes
internados e aqueles que eventualmente procuram os cuidados sanitários no
hospital Simão Mendes.
Por outro lado,
Semedo apela ao diálogo entre as partes para acabar com a greve, porque, diz, no final quem sofre com as paralisações é o
povo.
Os acompanhantes de
doentes se divergem quanto a falta de cuidados médicos nesta altura de greve.
Uns queixam-se da falta de assistência médica e medicamentosa para os seus
doentes e outros afirmam que os seu doentes recebem tratamento médico
regularmente por parte dos técnicos que estão em serviço mínimo.
“Eu não posso
queixar-se de nada, porque o meu paciente recebe tratamento médico de forma
regular. Para mim é como se não houvesse greve”, disse a acompanhante Adelzita Soares da Gama.
Outro acompanhante no
Serviço de Pediatria de Simão Mendes, de nome Amadu Djau disse que apesar da greve, os médicos destacados
para prestar serviço mínimo estão a trabalhar normalmente.
Enquanto isso, o acompanhante
do doente internado há quase uma semana no Serviço de Urgência do hospital
Simão Mendes, Mariama Baldé queixou-se de falta de assistência médica e pediu ao
governo a resolver a situação, olhando para os funcionários.
O paciente Walter
Cá que fraturou a coluna vertebral, na
zona terceiros lombar por causa da queda que sofreu de uma palmeira, e que se
encontra no Hospital há duas semanas, pede aceleração do processo de junta médica para que possa receber tratamento médico num centro especializado.
A União Nacional dos
Trabalhadores da Guiné(UNTG), iniciou na segunda-feira uma greve de cinco dias
na função pública, em causa está o cumprimento do memorando de entendimento
assinado com o governo em agosto de 2019.
Na lista de
exigências da central sindical figura o pagamento de dívidas do Estado para com
os servidores públicos, reembolso dos descontos em dinheiro feito aos
trabalhadores que observaram greves no passado, entre outras.ANG/LPG/ÂC//SG
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