Instituto
Marítimo Portuário/Presidente
da instituição pede “bom senso” aos trabalhadores em greve
Bissau, 25 Fev 21 (ANG) – O
Presidente do Instituto Marítimo Portuário (IMP), pediu hoje bom senso aos
funcionários em greve naquela instituição, sustentando que a direcção está a diligenciar o pagamento dos salários em dívida.
Jorge Augusto Malu, numa entrevista à ANG disse que diligências estão a ser feitas junto do Ministro dos Transportes e Comunicações para a obtenção de crédito bancário para o pagamento dos meses de Novembro e Dezembro passados.
O Sindicato de Base dos
Trabalhadores do Instituto Marítimo E Portuário(IMP), iniciou quarta-feira, uma
greve de três dias, e reivindica o
pagamento de seis meses de salário em atraso, melhoria das condições de
trabalho, o cumprimento dos documentos aprovados e a redução de funcionários .
Jorge Malu admite que houve falta de cautela ou mã fé na convocação
da paralisação por parte dos trabalhadores, uma vez que “a direcção foi claro
nas informações dadas aos sindicatos sobre as providências em curso para o pagamento de salários.
Frisou que no Banco da
África Ocidental(BAO) já têm disponível a pagamento dos meses de Novembro e
Dezembro de 2020 e no Ecobank já têm o mês de Novembro e que falta completar o
Dezembro para fecharem as dividas do ano anterior.
Augusto Malu nega que as
dívidas em causa sejam de sete meses mais sim de quatro meses(Novembro e
Dezembro/2020 e Janeiro e Fevereiro de
2021).
Falando das receitas do IMP,
Jorge Augusto Malu informou que a pandemia de Covid-19 penalizou o sector
marítimo uma vez que houve redução drástica de navios e diz que só há um
actualmente a operar regularmente, que vem duas vezes por mês e diz que as receitas
provenientes dessa operação não cobrem os salários, devido ao aumento do número
de funcionários.
Acrescentou que neste mês de Fevereiro a situação começou
a melhorar no que concerne a recolha das receitas.
Este responsável disse que
apesar das greve as Delegacias Marítimas, os serviços da Capitania e Tesouraria estão a funcionar normalmente uma
vez que cada trabalhador é livre de observar ou não a greve.
Por seu turno, o Presidente
do Sindicato de Base dos Trabalhadores do Instituto Marítimo Portuário, Alexandre
Epifânio Baté disse não acreditar nas promessas dos seus superiores, porque já tinham vários encontros e a teoria tem sido
a mesma, ou seja, “assumem promessas e
depois não as cumprem”.
“Alegam que o problema da
pandemia de coronavirus complicou a entrada de receitas porque os barcos não estão a atracar no cais ,mas
este problema não é especifico do IMP”, referiu.
Disse que as outras
instituições estão a pagar os seus funcionários, e interroga porquê que só ao nível do Ministério dos Transportes e
Comunicações é que esta situação se verifica .
Alexandre Epifânio Baté
disse que depois desta primeira ronda de paralisações que vai durar 3 dias, o
próximo passo será a realização de uma marcha e vigília para reclamar os seus
direitos. ANG/MSC/ÂC//SG
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