Bissau,26
Mai 21(ANG) - A Guiné-Bissau e Espanha assinaram terça-feira um acordo de
perdão da dívida, de cerca de 9,7 milhões de euros, com benefício para o
projeto das cantinas escolares do Programa Alimentar Mundial (PAM), anunciou o
Ministério das Finanças guineense.Cristina Gallach
Em comunicado, o Ministério
das Finanças refere que a Guiné-Bissau beneficiou de quatro empréstimos de
Espanha, no âmbito da ajuda ao desenvolvimento, mas que devido à falta de
pagamento a dívida ascendeu a cerca de 12 milhões de dólares (9,7 milhões de
euros).
Com o acordo assinado,
Espanha perdoa à Guiné-Bissau cerca de cinco milhões de dólares (cerca de
quatro milhões de euros), sendo o restante consignado ao PAM.
"O Governo da
Guiné-Bissau passará assim a desembolsar num período de oito anos o montante
remanescente a favor do PAM. Importa referir que o perdão total (da dívida)
dependerá do cumprimento dos desembolsos que o Governo fará a favor" da
agência das Nações Unidas, pode ler-se no comunicado.
O acordo foi assinado no âmbito
da visita de trabalho da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros de
Espanha, Cristina Gallach, à Guiné-Bissau, que terminou na terça-feira.
Para a secretária de Estado
espanhola, a assinatura do acordo mostra o "aprofundamento" das
relações entre os dois países, destacando o "processo de estabilização
positiva" em curso no país.
"Creio que Espanha não
podia encontrar um lugar melhor para passar este dia [Dia de África], marcando
a importância de uma cooperação muito profunda, mas que tem muitas
possibilidades de ampliar-se no setor económico e comercial, mas também em
setores como a agricultura, pesca, turismo e energia", afirmou Cristina
Gallach aos jornalistas.
A chefe da diplomacia da
Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, destacou que o acordo assinado tem um "impacto
muito grande" na economia do país, devido à situação da pandemia do novo
coronavírus.
A ministra de Estado e dos
Negócios Estrangeiros guineense afirmou também que a visita da secretária de
Estado demonstra a "vontade de Espanha de se aproximar do continente e a
possibilidade de virem investidores espanhóis para a Guiné-Bissau".ANG/Lusa
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