sexta-feira, 7 de maio de 2021

 Covid-19/ Supensão de patentes das vacinas contra covid-19 é "parte importante" da solução para África

Bissau, 07 Mai 21 (ANG) - Diversas
organizações internacionais e dirigentes africanos consideram que a suspensão de patentes das vacinas contra a Covid-19 ,apoiados pelo o executivo americano e vários líderes europeus pode ser parte da solução para travar a pandemia em África.

"A suspensão temporária das patentes é uma parte importante da solução para África", disse Matshidiso Moeti, directora regional para África da Organização Mundial da Saúde (OMS), em declarações à RFI.

Ao longo de quinta-feira, vários dirigentes africanos reagiram à posição americana com o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, a manifestar-se favoravelmente.

"É um reforço da campanha liderada pela África do Sul e pela Índia em nome das economias emergentes que enfrentam actualmente uma falta de vacinas e desafios na sua produção", indicou o líder sul-africano.

Segundo a OMS, este possível aumento na produção vem numa altura em que as populações em África se mostram cansadas face à pandemia e onde há mesmo o risco de um ressurgimento do vírus como acontece na Índia.

"Isto pode ser uma reviravolta para África permitindo ter milhões de doses e salvar muito mais vidas [...] Os ingredientes utilizados para fazer a vacina têm de ser produzidos em maiores quantidades assim como tem de haver uma diversificação dos lugares de produçao", reforçou Matshidiso Moeti.

O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, já disponibilizou a capital do seu país para ser um centro de produção das vacinas contra o vírus. "É importante para África forjar parcerias público-privadas para produzir a vacina no nosso continente", afirmou.

Na Europa, apesar de um apoio inicial da Comissão Europeia e do Presidente francês, Emmanuel Macron, a Alemanha já veio dizer que prefere concentrar os esforços na produção de mais doses. Já a Suíça, onde estão sediadas muitos gigantes da indústria farmacêutica, alertou que esta suspensão não permitiá um acesso mais igualitário à vacina. ANG/RFI

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