Caju/Governo prevé exportação de 175 mil
toneladas de castanha este ano
Bissau,04 Jun21(ASNG) – O
ministro do Comércio e Indústria afirmou esta sexta-feira que o Governo
perspectiva exportar 175 mil toneladas da castanha de caju no final da presente
campanha de comercialização..
Tcherno Djaló, em entrevista
exclusica à ANG, disse que a castanha de
caju da Guiné-Bissau é predominantemente exportada para a India, China e
Vietnan.
“Sendo a Ìndia o principal
comprador e neste momento está confrontada com
a crise sanitária ligada a Covid-19 que abala o mundo inteiro,esta
situação criou um transtornos mundial”,
disse.
O ministro do Comércio
sublinhou que, apesar dessa situação, os empresários indianos estão no país.
“Segundo dados que tenho em mãos, até o
momento já foram escoados para Bissau, pouco mais de 70 mil toneladas de
castanha, em pouco menos de 15 dias. Portanto provavelmente dentro de um mês
vamos atingir quase metade da previsão”, explicou.
Djaló referiu que, na
recente digressão que efectuou ao interior do país, constatou que ainda há uma
grande quantidade de castanha estocadas nos armazéns.
Referindo-se aos preços
praticados nesse momento nas diferentes regiões, o ministro do Comércio afirmou que, à titulo
de exemplo, em Biombo o preço está a oscilar entre 375 e 400 francos CFA por
quilo; na região de Cacheu 450 francos; em Oio está a oscilar entre os 275 e
400; em Gabú o preço regular é de 400; Bafatá entre 375 e 400;Tombali e Quinará
estão nos 400 francos o quilo; Bolama Bijagós entre 375 e 400fcfa, e cá em Bissau, na Báscula de pesagem, varia
entre 465 e 468 fcfa o quilo.
“A castanha de caju já está
a atingir um preço razoável e temos ainda a esperança de que o preço vai
continuar a subir, porque neste momento como a exportação ainda não começou, os
armazêns estão quase saturados”, disse.
Aquele responsável disse que
só depois de começar o processo de exportação é que os armazéns, em Bissau, ficarão
descongestionados, para depois se continuar a compra para o escoamento da castanha do
interior para a capital.
Em relação aos mecanismos
para incentivar a transformação interna
da castanha de caju, Tcherno Djaló sublinhou que continuando a ser exportado em bruto o país só
tem a perder tendo em conta que os preços praticados são erisórios, quer para o
produtor quer para o Estado.
“Nós estamos a trabalhar na
organização da fileira de caju, em termos de melhoria de produção,
processamento e da exportação. São estes três componentes que não podem ser
separados”, sublinhou.
O ministro do Comercio sublinhou
e que a criação dos novos impostos visam a melhoria dos pomares, acrescentando
que o país está coberta de tapetes de caju de norte a sul, mas que são
plantações feitas de forma
desorganizada.
Sustenta que há necessidade
de organizá-los melhor e renovar certos pomares já velhos e que já estão a
produzir muito menos.”É urgente fazer novas pesquisas para termos uma produção
ainda melhor”, defendeu.
Esses factores, segundo
Tcherno Djaló, serão indispensáveis para que o país avance para o processo de
industrialização e processamento interno de caju.ANG/ÂC//SG
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