Marcha de funcionários públicos/”Mais de 700 policias não recebem salários”, diz Júlio Mendonça
Bissau, 28 Jul 21
(ANG) - O Secretraio-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) denunciou
hoje que mais de 700 policias que juraram bandeira há três anos, não recebem os respectivos salários.
Julio Mendonça falava no termino da segunda das três marchas programadas pela UNTG, contra os subsídios “milionários” atribuidos aos
titulares dos orgãos da soberania e para o cumprimento dos acordos assinados
com o governo, e que contou com cerca de
uma centena participantes entre
funcionarios e cidadãos anónimos.
O líder da maior
central sindical do país, considera de exploração,
o não pagamento de salários aos referidos agentes.
Disse que o país está
na situação em que está por falta de justiça, porque, sustenta, se um ou dois
governantes forem julgados por maus actos praticados a corrupção teria reduzido,
e para o efeito exortou aos magistrados a fazerem o seu trabalho.
O Secretário-geral da
UNTG condiciona o fim das manifestações à abolição dos cinco novos impostos
introduzidos no Orçamento Geral de Estado deste ano.
Acrescentou que não vão desistir até que o salario minimo na
função pública seja fixado em 100 mil francos CFA, o dobro do salário mínimo
actual.
Referiu que o
governo, assim como Presidente da República reconheceram a legitimidade das
exigências da UNTG mas nunca se dignaram
a cumprí-las.
Mendonça garantiu aos marchantes de que é
possivel mudar a situação a favor dos trabalhadores, porque é possivel
ratificar o orçamento que está a ser aplicado.
“Não estou preocupado com os boatos. Podem conetar-nos
com todos os partidos politicos, o importante é atingir o nosso objectivo”,
assegurou o Secretário-geral da UNTG.
Júlio Mendonça
acredita que o país é viável, por isso promete lutar para o desenvolvimento do
país, e nega que a Guiné-Bissau é pobre como dizem os politicos.
“Lutamos e conseguimos o reajuste salarial e
não é a dignificação dos trabalhadores que não vou conseguir, sobretudo no momento em que os
funcionarios já estão atentos”, disse.
Segundo Mendonça a situação que os trabalhadores e o povo da Guiné-Bissau enfrenta é alarmante,
uma vez que o rendimento dos trabalhadores e do
povo não aumentou.
Disse que o povo e os
trabalhadores em particular estão a sofrer as consequências dos impostos e taxas
implementados pelo próprio governo para satisfazer os seus interesses e se enriquecer
à custa da população.
Afirmou que as taxas
e impostos implementadas pelo governo no quadro do Orçamento Geral do Estado
do ano em curso estão a ceifar
vidas do povo em geral, porque provocou subidas dos preços dos produtos no
mercado.
“Não é possivel
termos as riquezas haliêuticas que temos, e as licenças de pescas concedidas e o povo não beneficia destes
recursos. Além disso, todos os partidos na Guiné Bissau dispõem de pelo menos um barco de pesca para sustentar as suas
despesas.”, disse.
Para Júlio Mendonça a melhor forma de interpelar os governantes é
sair à rua em massa para manifestar contra acções do governo.ANG/LPG/ÂC//SG
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