sexta-feira, 9 de julho de 2021


UNTG
/“Subsídio dos Órgãos de Soberania é um insulto para povo guineense”, diz o porta-voz ae Comissão para Manifestação de 03 de Agosto

Bissau, 09 Jul 21 (ANG) - O porta-voz da Comissão Organizadora da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) para a Manifestação do  03 de Agosto (dia dos “Mártires de Pindjiquiti”), considerou esta sexta-feira de “insulto ao povo guineense” os subsídios atribuidos aos titulares dos órgãos da soberania (Presidência da República, Assembleia Nacional Popular, o Governo e os tribunais).

Malam Indjai falava na conferência de imprensa que serviu para  a divulgação  da iniciativa de  promover  manifestações através de  marchas e vigílias pacificas, como forma de manifestar “ o desagrado” dos trabalhadores face a situação actual do  país.

Segundo o Orçamento Geral do Estado, aprovado pela nova maioria no parlamento, o novo Fundo de Soberania vai permitir que o Presidente Umaro Sissoco Embaló receba em 2021, 915.000 euros, enquanto o presidente do parlamento Cipriano Cassamá e o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam receberão cada um quase 400 mil euros.

No total os subsídios aos governantes em 2021 deverão ascender a 1,8 milhões de euros ou 1.200 milhões de francos CFA.

“A situação que  o povo da Guiné-Bissau enfrenta actualmente é alarmante, uma vez que o rendimento dos trabalhadores  não aumentou. Os trabalhadores  estão a sofrer as consequências negativas dos impostos e taxas implementados pelo proprio governo, como forma de satisfazer os seus interesses e de enriquecer à custa da população”, criticou o sindicalista.

Disse que o 03 de Agosto deste ano servirá apenas para uma reflexão, de modo a encontrar um caminho viável para a resolução dos problemas que afectam a sociedade guineense.

“As taxas e impostos implementados pelo governo através do Orçamento Geral do  Estado  do ano em curso, com finalidade de satisfazer as suas necessidades,  estão a ceifar vidas do povo em geral, porque provocou  a subida galopante dos produtos no mercado, aumentou a despesa da população e o rendimento não aumentou”, lamentou Malam Indjai.

Para o  Presidente da referida comissão Yasser Turé a melhor forma de interpelar os governantes é sair à rua, em massa, para manifestar o  desagrado face a “situação alarmante” que os trabalhadores estão a  enfrentar.

Questionado sobre o perigo de os manifestantes serem repelidos pelas forças policiais com granadas de gases lacrimogénio e outros incidentes desumanos, Yasser respondeu que estão a fazer tudo na base da lei e que já informaram as autoridades competentes da ideia de realização das marchas e vigílias.

“Cabe as entidades competentes cumprirem com os seus deveres de garantir segurança aos marchantes. O povo também tem os seus direitos:   a liberdade de expressão e de manifestação”, disse .

O 03 de Agosto assinala o dia do massacre dos marinheiros do caes de Pindjiguiti, ocorrido em 1959. ANG/AALS//SG

 

 

 

1 comentário:

  1. Nha considju: bo firma contrato coletivo cu governo pa um determinado tempo y renovavel.

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