Covid-19/ Alto Comissariado pede ao governo para decretar recolher obrigatório entre as 20h e 05h da manhã, a partir de quarta-feira
Bissau, 24 Ago 21 (ANG)
– O Alto Comissariado para a Covid-19
recomenda ao governo a decretar o recolher obrigatório entre as 20h e as
05h da manhã, a partir de 25 de Agosto, e por um período de 15 dias.
O Alto Comissariado justificou
a medida com o registo de 1500 novos casos de infecção apenas em um mês ou seja
entre 18 de Julho e 22 de Agosto.
Sustenta que este número correspondente a 27 por cento de todos
os casos de Covid-19 já diagnosticados no
país, desde o inicio da pandemia em Marco do ano passado.
Durante esse mesmo período, conforme o Alto
Comissariado, um total de trinta (30) cidadãos guineenses perderam a vida
devido à Covid-19, representando um terço (33 %) de todas as mortes desde o
inicio da pandemia.
O Alto Comissariado informou ainda que a taxa
de positividade triplicou num período de três semanas, passando de 5,3 por cento
para 15,1 por cento.
Afirma que esta “evolução dramática” apela novas medidas de contenção rigorosas, para além das medidas já em vigor, pelo que
recomenda ao governo a instauração de recolher obrigatório a partir de quarta-feira(25)
e por um período de 15 dias e da cerca
sanitária regional.
Durante a semana de 16 a 22 de Agosto, foram
registado 395 novos casos de infecções pelo vírus Sars-Cov2 e 13 óbitos, contra
335 e 11 respectivamente, durante a semana precedente.
O país contabiliza agora
um total acumulado de 103 mortos, 5.518
casos de infecções, em 89.236 testes realizados, 4.592 pessoas foram declaradas
como recuperadas.
A entidade que luta
contra a doença na Guiné-Bissau reitera o apelo à população para contribuir, de forma ativa e
responsável, para que seja possível estancar a progressão da pandemia, cumprindo as medidas
estipuladas, e fazer-se vacinar.
Numa entrevista
segunda-feira à TGB, estação pública de televisão, Magda Robalo lamentou que o
principal problema de combate a pandemia se deve ao comportamento da população
guineense.
Referiu-se ao uso
incorreto de máscaras, desrespeito às
medidas de prevenção por pessoas adultas e figuras públicas, e
desinformações sobre a existência da doença, entre outros comportamentos que considera
“incompreensíveis”.
“Como é que pode
acreditar que uma doença que está a matar pessoas em todo o mundo não esteja a
ser reconhecida
como tal na Guiné-Bissau”, interroga a médica que disse estar
satisfeita com a procura popular da vacina, que se verifica actualmente em Bissau. ANG/LPG//SG
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