Haiti/Juízes resistem a aceitar caso do assassínio do Presidente Moise
Bissau, 09 Ago 21 (ANG) - A justiça haitiana ainda não começou a investigar o assassínio do presidente Jovenel Moïse por um comando armado, um mês após a morte, continuando à procura de um juiz para este caso considerado explosivo.
"É
um dossiê sensível e político. O juiz antes de aceitar instruir o caso pensa na
sua segurança e na da sua família. É por isso que os juízes de instrução não
estão muito entusiasmados com a ideia de aceitar o caso", disse à AFP
fonte judicial.
"Vários
juízes de instrução já fizeram saber no tribunal de primeira instância de
Port-au-Prince que não estão interessados em trabalhar neste dossiê",
acrescentou.
Para
tranquilizar os magistrados, o decano do tribunal, Bernard Saint-Vil, afirma
ter exigido ao governo que garanta proteção.
"Pedimos
agentes de segurança para o juiz. Antes mesmo de se dizer a quem será atribuído
o caso, os meios estarão à sua disposição", declarou aos jornalistas o
juiz Bernard Saint-Vil.
O
magistrado tinha anunciado na quarta-feira que o nome do juiz que ficaria com a
instrução do processo relativo ao assassínio do presidente seria conhecido na
quinta-feira, mas devido à relutância dos juízes de instrução o prazo não pode
ser respeitado.
No
âmbito do inquérito à morte do assassínio do presidente, a polícia afirma ter
já detido 44 pessoas, incluindo 12 polícias haitianos, 18 colombianos e dois
norte-americanos de origem haitiana.
O chefe de Estado haitiano foi assassinado a tiro na sua residência, em Port-au-Prince, na madrugada de 07 de julho, num ataque perpetrado por um comando armado, que entrou na moradia presidencial sem encontrar resistência por parte dos seguranças que deveriam proteger a vida de Jovenel Moïse.ANG/Angop
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