Ensino Público/ Coordenador
de Carta 21 pede ao primeiro-ministro para assumir negociações com sindicatos do sector da
educação
Bissau, 23 Set 21
(ANG) – O Coordenador de Carta 21 pede ao primeiro- ministro, Nuno Gomes Nabiam
para assumir as rédias de negociações
com os sindicatos do sector de educação para acabar com sucessivos greves no
ensino público guineense.
O pedido foi tornado público hoje em conferência de imprensa
realizada pelo coordenador da referida organização juvenil Agostinho Tchuda
sobre a situação de greves e implementação do regime de autogestação nas
escolas publicas.
Refere que há três anos que o ensino público se depara
com sucessivos greves, por isso pede que o primeiro-ministro lidere o processo
de negociação com diferentes sindicatos do sector, para, em conjunto, se encontrar
solução para as paralisações na educação.
Agostinho Tchuda denunciou,
na ocasião, a cobrança que considera exagerada de taxas de matriculas aos
alunos em algumas escolas públicas, cujo o ano lectivo 2020/2021 foi anulado
pelo governo.
A titulo de exemplo, cita
o liceu da secção de Ingoré, e diz que alí os preços de inscrição são de 5 mil francos cfas para alunos de 7º à 9º ano e 7.500 francos para os níveis de 10º a 12º ano.
Para o coordenador da
Carta 21, não é normal essa cobrança, porque o ano lectivo 2020/2021 não foi
concluido, razão pela qual defende transferência dos valores pagos pelos alunos
na inscrição do ano passado para este novo ano lectivo ou seja
actualização automática de matriculas.
Agostinho Tchuda
criticou o governo pela forma como está a autorizar a implementação do regime
de autogestação nas escolas públicas do país, porque, citando a Constituição da
República, “é o dever do Estado ou governo garantir a educação para os seus
cidadãos”.
Aconselha aos país e
encarregados de educação a não se deixarem ser enganados pelo regime, para
assumir o pagamento dos subsídios dos professores nas escolas publicas, “por
ser uma forma de ajudar o governo a fugir da sua responsabilidade perante os cidadãos”.
Pediu ainda aos país
e encarregados de educação a suspenderem o pagamento das matriculas dos seus
filhos, porque o actual executivo não tem condições para garantir o
funcionamento das aulas, se não negociar
com os sindicatos do sector para
acabar com as greves no ensino público guineense.
O Coordenador da
Carta 21 exortou ao Ministério da Educação a pôr fim as cobranças de matriculas
aos alunos inscritos no ano lectivo 2020/2021 em algumas escolas.
“Queremos aqui pedir
a colaboração de todos os alunos matriculados nessas escolas públicas no ano
lectivo 2020/2021, vitimas dessas cobranças para não voltarem a pagar as matriculas”,
referiu. ANG/LPG/ÂC//SG
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