sexta-feira, 3 de setembro de 2021


Política
/2ª vice presidente do PAIGC considera  2 de Setembro  momento de “dor e consternação”

Bissau, 03 Set 21 ANG – A segunda vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) considera a data de 2 de Setembro um momento de “dor e consternação” uma vez que Amílcar Cabral não morreu doente em casa, mas sim  vitima de um vil assassinato que queria pôr em causa a independência do  povo guineense.

Maria Odete Costa Semedo falava  Quinta-feira na cerimónia de lançamento do programa comemorativa do “Setembro vitorioso” que arrancou com a deposição de coroas de flores, no busto de Amilcar Cabral, na praça de Mártires de Pindjiguiti.

ʺHoje, para nós significa vir aqui para reviver nossas formas de luta, revisitar a ideologia que orientou a luta em que hoje estamos empenhados”, salientou aquela dirigente política.

O dia 2 de Setembro foi a data em que os restos mortais de Amílcar Cabral, fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana, foi transladado da Guiné-Conacri, onde foi assassinado em 20 de Janeiro de 1973, para a Guiné-Bissau.

Odete Semedo referiu  que o PAIGC ainda foi obrigado a lutar para a democracia reinar na Guiné-Bissau para que os direitos das pessoas não sejam postos em causa.

“O PAIGC veio hoje para render uma justa homenagem àquele herói e militante número um que hoje ultrapassou a dimensão da Guiné-Bissau”, disse acrescentando que  Amílcar Cabral e luta da libertação tornaram-se objectos de estudos em muitas universidades do mundo.

Acrescentou  que a história da luta de libertação da Guiné-Bissau é objecto de estudo também  porque , até hoje, não se conseguiu cumprir o programa-maior estabelecido, frisando que Cabral dizia que é o programa mais difícil porque teremos que lidar com as pessoas, os interesses e mentalidades diferentes.

 Odete Semedo lamentou que  o partido está agora vedado ao cumprimento dos grandes desígnios de Amilcar Cabral por causa da instabilidade que se verifica no país, salientando que o compromisso do PAIGC hoje é lutar para a estabilização da Guiné-Bissau, e assegura que não vão baixar os braços na luta para renovar os seus compromissos.

A segunda vice-presidente do partido libertador referiu que o país está a viver um momento de instabilidade com as pessoas a serem espancadas, sem poder  circular, de um lado para outro, e que não são permitidos fazer nem um comboio humanitário para  a entrada de alimentos.

Para veterana de luta de libertação nacional, Teodora Inácia Gomes  02 de Setembro representa um marco grande para o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, porque enquanto o corpo de Amílcar Cabral estava na Conacri a sua honra não era sentida na  Guiné-Bissau.

Teodora Gomes criticou que o país se encontra numa situação que não se pode classificar.

ʺEstamos a viver uma super instabilidade onde não podemos comprar nem alimentos de  comer, não podemos andar na rua, é o  decreto que sai sem razão. Isso não se verificou  em nenhum país, mesmo naqueles em que morrem  centenas de pessoas”, lamentou.

O programa comemorativo do “setembro vitorioso” contempla a deposição de coroa de flores no monumento Amilcar Cabral na rotunda do aeroporto de Bissau, no próximo dia 12 de setembro, seguido do acto comemorativo dos 65 anos de fundação do PAIGC à 19 de setembro e culminará no ponto mais alto no dia 24 de Setembro data da proclamação da independencia da Guiné-Bissau.ANG/MI/ÂC//SG

 

                   

             

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