China/Presidente Jinping promete "reunificação" inevitável e "pacífica" com Taiwan
Bissau, 11 Out
21 (ANG) - O Presidente Xi Jinping prometeu uma "reunificação"
inevitável com Taiwan por meios "pacíficos", numa altura em que a
ilha separatista tem dado conta nos últimos dias de um número inédito de
incursões da aviação militar de Pequim.
O presidente chinês discursava por ocasião da celebração, sábado, do 110º aniversário da revolução de 1911 que derrubou a última dinástia chinesa.
Os 110 anos da revolução de 1911
comemorada tanto na China como em Taiwan onde Sun Yat-sen, o primeiro
Presidente chinês, é celebrado como sendo o pai da Nação, foi o momento
escolhido para Xi Jinping reivindicar uma vez mais a soberania da China
sobre a ilha que desde 1949, altura da revolução comunista chinesa, instaurou o
seu próprio regime que progressivamente evoluiu para um sistema
multipartidário.
"Alcançar a reunificação da pátria por meios pacíficos é do
interesse geral da Nação chinesa, incluindo os compatriotas de Taiwan", disse o Presidente chinês discursando hoje no
Palácio do Povo em Pequim, Jinping garantindo ainda que "a
reunificação será alcançada".
Ao tecer alertas sobre eventuais
interferências estrangeiras, Xi Jinping martelou que "a questão de
Taiwan é um assunto puramente interno da China" e que "ninguém deve
subestimar a forte determinação do povo chinês em defender a soberania nacional
e a integridade territorial".
Estas declarações surgem numa altura em
que Pequim tem estado sob o fogo da críticas internacionais devido às suas
veleidades territoriais no mar da China. Ainda ontem, no âmbito da visita de
uma delegação francesa em Taiwan, o senador e antigo ministro da defesa Alain
Richard referiu-se à ilha como sendo "um país", correndo o risco
de avivar as tensões já patentes entre a China e a França nesse domínio.
O discurso do chefe de Estado chinês surge também e
sobretudo numa altura em que por um lado se têm multiplicado as incursões
da aviação militar chinesa em Taiwan e, por outro, os americanos acabam de
reconhecer que têm estado a treinar discretamente as tropas Taiwanesas.
De acordo com informações veiculadas pelo 'Wall Street Journal' e
entretanto confirmadas por um responsável americano, cerca de 20 militares das
forças especiais americanas e um contingente de Marines estão actualmente a
formar pequenas unidades terrestres e marítimas taiwanesas.
Segundo projecções apresentadas esta semana pelo ministro taiwanês da defesa, existe uma forte possibilidade que até 2025, a China tenha conseguido reunir as condições efectivas para invadir a ilha independentista.ANG/RFI
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