Covid-19/Mundo tem “todas as ferramentas” para acabar com a pandemia – OMS
Bissau, 25, Out 21(ANG) – A pandemia da covid-19 terminará “quando o mundo decidir acabar com ela”, afirmou hoje o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando que estão disponíveis “todas as ferramentas” para combater o vírus SARS-CoV-2.
“A pandemia vai
acabar quando o mundo decidir acabar com ela. Está nas nossas mãos, temos todas
as ferramentas de que precisamos”, salientou Tedros Adhanom Ghebreyesus, na
abertura da Cimeira Mundial da Saúde, que reúne anualmente políticos e
profissionais do sector em Berlim.
O responsável da
OMS lamentou ainda que o “mundo não tenha usado essas ferramentas com
sabedoria”, uma vez que as “quase 50 mil mortes por semana” associadas à
covid-19 a nível global indicam que “a pandemia está longe de acabar”.
O objectivo global
da OMS, anunciado em Setembro, é que cada país vacine pelo menos 40% da sua
população até ao final do ano e que 70% da população mundial esteja imunizada
até meados de 2022.
A meta inicial era
que todos os países tivessem vacinado pelo menos 10% da sua população até final
de Setembro, mas esta percentagem não foi alcançada em 56 países.
Para inverter a
baixa taxa de vacinação especialmente em países pouco desenvolvidos, a OMS e a
ONU anunciaram, no início do mês, uma nova estratégia de vacinação global
contra a covid-19 que necessita de oito mil milhões de dólares (6,9 mil milhões
de euros) para assegurar uma distribuição equitativa de vacinas.
Na conferência de
hoje, Tedros Adhanom Ghebreyesus considerou que as novas metas de vacinação
estabelecidas “são alcançáveis”, mas alertou que para isso os países e as
empresas que controlam o fornecimento de vacinas devem “traduzir suas
declarações em acções”.
“Os países que já
atingiram a meta de 40%, incluindo todos os países do G20 [as 20 maiores
economias mundiais], devem ceder vacinas” ao sistema internacional Covax e ao
Fundo Africano para a Aquisição de Vacinas, instituído pela União Africana,
defendeu o director-geral da organização.
Numa mensagem de
vídeo gravada, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
António Guterres, reiterou que “o triunfo das vacinas – desenvolvidas e
colocadas no mercado em tempo recorde – está a ser anulado pela tragédia da
distribuição desigual” ao nível mundial.
A covid-19 provocou
pelo menos 4.941.032 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,27 milhões de infecções
pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais
recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
Em Portugal, desde
Março de 2020, morreram 18.133 pessoas e foram contabilizados 1.085.138 casos
de infecção, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde.
A doença
respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de
2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas
em vários países.ANG/Inforpress/Lusa
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