Covid-19/Terceira
dose da vacina “é essencial” para pessoas vulneráveis – OMS Europa
Bissau,19 Out 21(ANG) – Uma terceira dose da vacina contra a covid-19 “é essencial para garantir proteção aos mais vulneráveis”, como pessoas idosas ou com imunidades mais baixas, realçou segunda-feira, em Lisboa, o director da Organização Mundial da Saúde para a Europa.
“Não
temos evidência para a generalizar na população”, sublinhou Hans P. Klüge, em
declarações aos jornalistas, à margem de uma visita guiada à Unidade de Saúde
Familiar (USF) da Baixa, na capital.
Em
visita oficial a Portugal, segunda e terça-feira, o director regional para a
Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS) frisou ainda que administrar a
terceira dose em alguns “não pode ser vista como tirar algo” a outros.
“Temos
de fazer tudo ao mesmo tempo: garantir que todos obtêm a primeira e a segunda
doses e, entretanto, na região da Europa, dar a terceira dose às pessoas mais
vulneráveis”, defendeu.
O
director regional da OMS congratulou o Governo português – e a ministra da
Saúde, Marta Temido, em particular –, por terem conseguido uma “elevadíssima
taxa de vacinação”.
Recordando
que “em 35 dos 53 países” que integram a região Europa da OMS se está “a
assistir a uma estabilização da vacinação”, Hans P. Klüge salientou: “Portugal,
ao contrário, está a fazer um ótimo trabalho.”
Esse
“bom resultado”, acredita, resulta de “um forte sistema de saúde primário e, claro,
de uma forte liderança política”.
Acompanhado pelo subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, Hans P. Klüge teve
direito a vista guiada do próprio diretor da USF da Baixa, Martino Gliozzi.
“Para
mim, é muito importante ir e ver com os meus próprios olhos”, disse Hans P.
Klüge salientou: “Portugal, ao contrário, está a fazer um ótimo trabalho, ele
próprio médico geral e familiar.
“Portugal
é um bom exemplo de cobertura universal” nos cuidados de saúde, destacou,
enquanto ouvia que a USF da Baixa, em funcionamento desde agosto de 2015, tem
16 mil doentes inscritos, de 95 nacionalidades diferentes.
“Vimos
que os países que tiveram melhor desempenho na resposta à covid-19 são aqueles
que, historicamente, investiram mais em cuidados de saúde primários e em saúde
pública”, apontou.
O
médico saudou ainda “a solidariedade de Portugal” para com os outros países de
língua portuguesa. “A solidariedade internacional é muito importante, não é
aceitável que nalguns sítios do mundo haja médicos, enfermeiros e idosos que
ainda não receberam a primeira dose”, reconheceu.
O director regional apelou também à “coerência política” entre os países da Europa, no sentido de se “sentarem à mesa” para chegar a um consenso sobre as regras a aplicar. ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário