Cultura/Francesa
Audrey Azoulay reeleita directora-geral da Unesco
Bissau, 10 Nov (ANG) – A
francesa Audrey Azoulay foi reeleita para um segundo mandato de quatro anos
como líder da Unesco, anunciou a organização das Nações Unidas sediada em Paris
que promove a educação, a cultura e a preservação do património.
“As minhas felicitações
sinceras em nome de todos os Estados-membros pela sua reeleição”, declarou
Santiago Irazabal, embaixador permanente do Brasil na Unesco, que se tornou
presidente da sua conferência geral.
Depois de ter sido ministra
da Cultura no Governo do Presidente socialista François Hollande, Audrey
Azoulay foi eleita pela primeira vez para dirigir a agência especializada da
ONU em Novembro de 2017 e, como é tradição que os directores-gerais cumpram
vários mandatos, era, desta vez, a única candidata, tendo obtido 155 votos em
165 votantes (nove contra e uma abstenção).
“Quero, em primeiro lugar,
agradecer-vos do fundo do coração por esta confiança tão claramente expressa”,
reagiu a directora-geral da organização, acolhida com aplausos no hemiciclo da
Unesco.
A responsável sublinhou
também “a unidade”, o “apoio de todo o mundo” que lhe foi manifestado “muito
cedo”, o que considerou um sinal de “confiança mútua” dentro de uma instituição
outrora muito dividida, que ela contribuiu para apaziguar durante o seu
primeiro mandato.
Em meados de Outubro, o
conselho executivo da organização (que tem 58 membros) tomou a decisão, por 55
votos de 57 membros presentes, de “recomendar” a sua candidatura, para cuja
validação apelou na 41.ª sessão da Unesco, que começou hoje em Paris.
A reeleição de Azoulay
parece consagrar a estratégia de despolitização da instituição que ela defendeu
desde a sua eleição.
A segunda mulher a liderar a
Unesco, Audrey Azoulay assumiu o cargo num contexto de deterioração das
relações dentro da organização, devido à saída dos Estados Unidos e de Israel,
que coincidiram com a sua eleição.
Os dois países acusavam a
instituição de um viés pró-palestiniano, num cenário de questionamento frontal
do multilateralismo pela Administração Trump.
Desaparecidas essas tensões,
a equipa da directora-geral considera provável o retorno desses dois países à
organização a médio prazo.
Nos últimos anos, a Unesco
participou em vários projectos emblemáticos, como a reconstrução de Mossul, a
ajudar ao património do Líbano após a explosão do porto de Beirute e acções em
favor da educação durante a pandemia de covid-19.ANG/Inforpress/Lusa
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