terça-feira, 23 de novembro de 2021

                            Sudão/Ministros demitem-se após libertação

Bissau, 23 Nov 21 (ANG) -  Doze  dos 17 ministros provenientes das Forças pela Liberdade e Mudança - FLC – decidiram apresentar a demissão após terem sido libertados, assumindo estar contra o acordo assinado entre o primeiro-ministro Abdallah Hamdok e o general Abdel Fattah al-Burhan.

As autoridades sudanesas libertaram na segunda-feira 22 de Novembro, vários políticos detidos após o golpe militar de 25 de Outubro. Esta medida foi alcançada após o acordo assinado no passado domingo entre o general Abdel Fattah al-Burhan e o primeiro-ministro Abdullah Hamdok.

O primeiro-ministro Abdullah Hamdok, detido e colocado sob vigilância após o golpe, reapareceu em público pela primeira vez no domingo 21 de Novembro. O primeiro-ministro aceitou assinar um acordo de 14 pontos que previa o seu regresso ao poder como primeiro-ministro e a libertação de políticos também eles detidos após o golpe.

Recorde-se que nas últimas semanas, os sudaneses manifestaram-se contra o poder militar e pela libertação de civis detidos. A repressão foi sangrenta causando 41 mortos e centenas de feridos.

De acordo com analistas, o general Abdel Fattah al-Burhan conseguiu acalmar a comunidade internacional e manter o controlo no que diz respeito à transição.

Os militares reiteraram que vão conduzir o Sudão a eleições livres e transparentes em Julho de 2023.

De notar que os Estados Unidos, o Reino Unido, a Noruega, a União Africana e a União Europeia, bem como os aliados árabes do Exército, a Arábia Saudita e o Egipto, saudaram o anúncio feito no passado domingo.

No entanto, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, pediu mais "avanços" antes de retomar a ajuda financeira ao país, suspensa após o golpe. A ajuda ao Sudão é de 700 milhões de dólares.ANG/RFI

 

Sem comentários:

Enviar um comentário