Angola/Braço-de-ferro entre médicos
e governo
Bissau, 15 Dez 21 (ANG) - Os médicos
angolanos estão em greve desde 6 de Dezembro e há filas junto aos hospitais públicos,
a classe médica exige, nomeadamente, a recolocação do presidente do Sindicato
dos Médicos, Adriano Manuel, afastado do seu posto há 18 meses depois de ter
denunciado a morte, em 24 horas, de 19 crianças na pediatria de Luanda por
falta de medicamentos.
Os
médicos reclamam, ainda, o aumento do salário até um milhão de kwanzas, contra
os actuais 350 mil kwanzas, melhores condições de trabalho e medicamentos
nos hospitais.
Em reacção, a ministra da Saúde, Silvia
Lutucuta, pediu mais 90 dias para atender à situação salarial.
"Estamos a apelar aos nossos profissionais que
voltem aos serviços, a situação de salário é global e, dentro de 90 dias, o
executivo vai resolver já que está em curso um plano de aumento salarial",
frisou a ministra, esta segunda-feira
Como
plano B para pressionar o executivo, os médicos agendaram para esta
quarta-feira uma vigília junto ao maior hospital público do país, “Josina
Machel" e uma manifestação foi convocada para o dia 18 de Dezembro,
em Lunda. ANG/Angop
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