Cazaquistão/ Mais de uma dezena de mortos
em protestos violentos
Bissau, 06 Jan 22 (ANG) - Os
confrontos armados entre a polícia e milhares de manifestantes,no Cazaquistão,
já provocaram a morte de pelo menos 12 elementos das forças de segurança e há registo
de mais de 300 feridos.
Os protestos que duram há já 5
dias, subiram de tom na noite passada e alastraram-se a praticamente todas
a regiões cazaques.
Segundo as autoridades locais, num comunicado feito na
televisão pública, doze elementos das forças de segurança foram mortos e 353
ficaram feridos. No que diz respeito a baixas civis, o número ainda não é
conclusivo.
A actual capital económica do país, Almaty, tem sido
das cidades mais afectadas pelos confrontos e, segundo os órgãos de comunicação
locais, houve mesmo a tentativa de invasão de vários edíficios administrativos
durante a noite.
As manifestações no país, recorde-se, começaram
com reivindicações económicas contra o aumento do preço do gás condensado
(muito utilizado para cozinhar ou abastecer automóveis), mas o descontentamento
rapidamente se alastrou ao sector político.
Descontentes com as condições de vida precárias, os cidadãos
decidiram ir para a rua protestar e exigiram a demissão do governo e a retirada
de Nussultan Nazarvayev, antigo presidente cazaque, da vida política.
Nussultan Nazarvayev era até então dirigente do Conselho de
Segurança Nacional, um cargo com muito poder no país.
O aumento da violência nas ruas, que culminou com a detenção
de várias pessoas, levou mesmo o Presidente do Cazaquistão,
Kassym-Jomart Tokayev, a declarar estado de emergência na capital e
a demitir o governo.
Para além disso, o chefe de Estado fez depois um pedido à
Rússia para o envio de forças militares, de modo a tentar controlar a revolta
no país.
As tropas russas e dos aliados pertencentes à Organização do
Tratado de Segurança Colectiva, que engloba a Arménia, Bielorrúsia,
Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tadjiquistão, já
chegaram ao Cazaquistão, na manhã desta quinta-feira, para tentar
controlar a onda de protestos mais significativa dos últimos anos no país.
ANG/RFI
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