quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Política/Líder do PRS promete combater “forte e feio” as divergências no seio dos renovadores

Bissau,19 jan 22(ANG) - O presidente reeleito do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto M´Bunhe  Nambeia, disse que a nova direção do partido a ser formada depois do VIº Congresso  irá trabalhar para combater  as divergências no seio dos renovadores, porque entende que “divididos não vão a lado algum”.

Nambeia deu essa garantia na entrevista exclusiva à Rádio África FM depois de uma  reunião, na sua residência em Bissau, com todos os candidatos derrotados no VIº congresso do PRS, que decorreu de 10 a 13 do mês em curso.

Quanto à entrada dos candidatos derrotados para a nova direção, Nambeia não foi específico, mas disse que tudo é possível, porque “são militantes  e dirigentes do partido”.

Nambeia disse que a maior ambição do PRS é unir os guineense, colocar  o país em primeiro plano e acabar com a divisão no seio dos renovadores.

O líder dos renovadores afirmou que se  o partido achar que entre os concorrentes,  algumas pessoas merecem estar na direção para dinamizar o partido serão chamadas para fazer parte, porque o objetivo principal é levar o partido ao mais alto nível, colocando sempre o país em primeiro plano e unir o povo guineense.

O presidente do PRS defendeu que é preciso fazer tudo para acabar com a divisão no partido e ter coragem de chamar atenção a qualquer dirigente e ao próprio presidente, caso esteja no caminho errado, que possa prejudicar o Partido da Renovação Social.

Nambeia frisou que, a partir do momento em que foram divulgados os resultados eleitorais do VIº congresso, a vitória passou a pertencer a todos os militantes e simpatizantes do PRS.

Disse ser a missão  de toda a gente trabalhar para fortalecer o partido rumo aos embates eleitorais que se avizinham”, declarou.      

 “Na reunião, alertei aos meus colegas do partido para me aconselharem, caso esteja a levar o partido para o caminho errado e vice-versa, porque ninguém deve deixar os erros acumularem para depois tirar os dividendos. Se o partido ganhar as eleições legislativas, quem beneficiará são dirigentes e militantes que irão ocupar pastas ministeriais e postos de diretores-gerais, por isso é preciso que todos trabalhem e deixem de lado coisas que podem fragilizar o PRS”, advertiu.

O líder do PRS disse ter discutido com os candidatos derrotados assuntos ligados à continuidade dos trabalhos de último congresso para fortalecer o partido, porque muitas  pessoas pensavam que seria o fim do partido à semelhança do congresso passado, que tinha a mesma interpretação.

“Hoje, parece que o PRS saiu ainda melhor, forte e coeso em relação  ao passado”, indicou e disse que os dirigentes do partido comprometeram-se em aconselhá-lo, sobretudo em relação à forma como o partido deve ser conduzido, porque jamais aceitará algo que possa pôr em causa o funcionamento do partido.

Questionado sobre a atual situação política do país, Alberto Nambeia disse que quando alguém está fora do país, carece de informações sobre a situação política vigente, mas dissse que está  preocupado porque o seu maior objetivo é ver a Guiné-Bissau no bom caminho, não a enfrentar os problemas por mais que sejam pequenos.

“Só há poucos dias comecei a observar e a acompanhar a situação do país e talvez não esteja em condições  de dar um aconselhamento neste momento.  A Guiné-Bissau está acima de qualquer pessoa ou partido, por isso os problemas devem ser priorizados”, sublinhou.

O VIº congresso terminou na passada quinta-feira, 13 de janeiro, mas até ao momento não são conhecidos  ainda os órgãos sociais que saíram dessa reunião magna dos renovares.

Questionado sobre esse assunto, o presidente do PRS  frisou que não foram constituídos novos órgãos porque o partido não quer criar revolta no seio dos renovadores, razão pela qual está a analisar os nomes que devem fazer parte da Comissão Política e do Conselho Nacional, para que não seja de forma aleatória ou não correr o risco de repetir nomes. ANG/O Democrata

 

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