Política/Líder do PRS promete combater “forte e feio” as
divergências no seio dos renovadores
Bissau,19 jan 22(ANG) - O presidente reeleito do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto M´Bunhe Nambeia, disse que a nova direção do partido a ser formada depois do VIº Congresso irá trabalhar para combater as divergências no seio dos renovadores, porque entende que “divididos não vão a lado algum”.
Nambeia deu essa garantia na
entrevista exclusiva à Rádio África FM depois de uma reunião, na sua
residência em Bissau, com todos os candidatos derrotados no VIº congresso do
PRS, que decorreu de 10 a 13 do mês em curso.
Quanto à entrada dos candidatos
derrotados para a nova direção, Nambeia não foi específico, mas disse
que tudo é possível, porque “são militantes e dirigentes do partido”.
Nambeia disse que a maior ambição
do PRS é unir os guineense, colocar o país em primeiro plano e
acabar com a divisão no seio dos renovadores.
O líder dos renovadores afirmou que se
o partido achar que entre os concorrentes, algumas pessoas merecem
estar na direção para dinamizar o partido serão chamadas para fazer
parte, porque o objetivo principal é levar o partido ao mais alto nível,
colocando sempre o país em primeiro plano e unir o povo guineense.
O presidente do PRS defendeu que é
preciso fazer tudo para acabar com a divisão no partido e ter coragem de chamar
atenção a qualquer dirigente e ao próprio presidente, caso esteja no caminho
errado, que possa prejudicar o Partido da Renovação Social.
Nambeia frisou que, a
partir do momento em que foram divulgados os resultados eleitorais do VIº
congresso, a vitória passou a pertencer a todos os militantes e simpatizantes
do PRS.
Disse ser a missão de toda a gente trabalhar para fortalecer o
partido rumo aos embates eleitorais que se avizinham”, declarou.
“Na
reunião, alertei aos meus colegas do partido para
me aconselharem, caso esteja a levar o partido
para o caminho errado e vice-versa, porque ninguém deve deixar
os erros acumularem para depois tirar os dividendos. Se o partido ganhar as
eleições legislativas, quem beneficiará são dirigentes e militantes que irão
ocupar pastas ministeriais e postos de diretores-gerais, por isso é
preciso que todos trabalhem e deixem de lado coisas que podem fragilizar o
PRS”, advertiu.
O líder do PRS disse ter discutido com
os candidatos derrotados assuntos ligados à continuidade dos trabalhos de
último congresso para fortalecer o partido, porque muitas pessoas
pensavam que seria o fim do partido à semelhança do congresso
passado, que tinha a mesma interpretação.
“Hoje, parece que o PRS saiu ainda
melhor, forte e coeso em relação ao passado”, indicou e disse que os
dirigentes do partido comprometeram-se em aconselhá-lo, sobretudo em relação à
forma como o partido deve ser conduzido, porque jamais aceitará algo que possa
pôr em causa o funcionamento do partido.
Questionado sobre a atual situação
política do país, Alberto Nambeia disse que quando alguém está fora
do país, carece de informações sobre a situação política vigente, mas dissse
que está preocupado porque o seu maior
objetivo é ver a Guiné-Bissau no bom caminho, não a enfrentar os problemas por
mais que sejam pequenos.
“Só há poucos dias comecei a observar e a
acompanhar a situação do país e talvez não esteja em condições de dar um
aconselhamento neste momento. A Guiné-Bissau está acima de qualquer
pessoa ou partido, por isso os problemas devem ser priorizados”, sublinhou.
O VIº congresso terminou na passada
quinta-feira, 13 de janeiro, mas até ao momento não são conhecidos ainda
os órgãos sociais que saíram dessa reunião magna dos renovares.
Questionado sobre esse assunto, o
presidente do PRS frisou que não foram constituídos novos órgãos porque o
partido não quer criar revolta no seio dos renovadores, razão pela qual está a
analisar os nomes que devem fazer parte da Comissão Política e do Conselho
Nacional, para que não seja de forma aleatória ou não correr o risco de
repetir nomes. ANG/O Democrata
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