Ucrânia/País defende-se sozinho da Rússia, sanções são insuficientes – Zelensky
Bissau, 25 Fev 22(ANG) – O Presidente ucraniano disse hoje que a Ucrânia está a defender-se sozinha, lamentou que as “forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe” e sustentou que as sanções internacionais são insuficientes.
“Nós
defendemos o nosso Estado sozinhos. As forças mais poderosas do mundo estão a
observar de longe”, afirmou Volodymyr Zelensky.
Num
discurso dirigido à nação, o chefe de Estado ucraniano acrescentou: “Será que
as sanções de ontem [quinta-feira] persuadiram a Rússia? Sentimos nos nossos
céus e na nossa terra que isto não é suficiente”.
Os
chefes de Governo e de Estado da União Europeia União Europeia acordou sanções
que serão formalmente adoptadas hoje, num Conselho extraordinário de ministros
dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas.
O
presidente norte-americano, Joe Biden, também anunciou que Estados Unidos e
aliados vão reforçar sanções à Rússia e que o dispositivo da NATO na Alemanha
será reforçado com tropas norte-americanas.
No
mesmo discurso, Zelensky sustentou também “mais cedo ou mais tarde” a Rússia
terá de “falar” com a Ucrânia para pôr fim aos combates e denunciou que Moscovo
está também a visar áreas civis.
Por
outro lado, elogiou o “heroísmo” ucraniano face ao avanço russo.
“A
Rússia terá de falar connosco, mais cedo ou mais tarde. Para falar sobre como
parar os combates e travar a invasão. Quanto mais cedo esta conversa começar,
menores serão as perdas para a própria Rússia”, defendeu.
O
governante afirmou ainda que os defensores do país frustraram os planos
operacionais da invasão russa no primeiro dia.
As
forças russas “começaram a bombardear áreas civis. Isto faz-nos lembrar [a
ofensiva nazi em] 1941”, disse Zelensky, num vídeo publicado nas redes sociais,
pronunciando a frase em russo.
Moscovo
lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da
Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que
já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em
território ucraniano, segundo Kiev.
O
Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na
Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única
maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o
tempo necessário, dependendo dos seus “resultados” e “relevância”.
O
ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional
e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança
da ONU. ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário