Congresso da OEGB/Candidatura do Joãozinho Mendes critica que a gestão da organização nos últimos anos “não é do agrado de ninguém”
Bissau, 09 Mar 22 (ANG) – A candidatura do Joãozinho Mendes diz que a gestão da direcção da Ordem dos Advogados nos últimos anos “não foi do agrado de ninguém”, nomeadamente, no que se refere a sua atuação e missão na sociedade guineense.
A afirmação consta no Manifesto
de candidatura do Joãozinho Mendes à presidência daquela orgfanização dos
advogados, sob o lema:”Pôr Ordem na Ordem”, à que a ANG teve acesso hoje, no qual se
declara que a missão da Ordem, ontem
como hoje, é lutar por uma melhor justiça.
“A nossa missão, tanto ontem
como hoje, é lutar por uma melhor justiça. Peço justiça, a nossa fórmula
mágica, repetidamente dito nos tribunais. Para que esse desiderato se alcance, não basta a
intervenção isolada e competente de cada advogado nos casos que lhe são
confiados. Exige-se uma intervenção institucional através da Ordem, dirigida ao
aperfeiçoamento das leis e das instutuições que as aplicam”, refere o manifesto.
A mesma candidatura critica
que o sistema jurídico nacional sofre de deficiências muito graves em áreas com
que a profissão tem contato mais
próximo, nomeadamente, deficiências de Instituições Juridiciárias, nos setores
da Administração Pública a que compete aos despachos sobre pretensões de conteúdos
predominantemente jurídico.
Acrescenta que é preciso
reconhecer que os advogados se corresposabilizam nessas deficiências, direta ou
indiretamente, na medida em que contra elas não protestam, eficientemente, com propostas
de correção, sustentando que a Ordem, enquanto Associação Pública, deve ser antes
de mais, o lugar de debate criador de
propostas de ideias e de estudos.
Segundo o Manifesto, uma das
ideias fortes da candidatura de “Pôr Ordem na Ordem” é a modernização do
exercício da advocacia, justificando que a organização tem de se abrir às novas
formas de exercício da advocacia que correspondem a necessidades geradas pelo
progresso humano na época atual, como o uso da Tecnologia de Informação e
Comunicação (TIC), onde em muitos países, o advogado só sai do escritório para
as audiências, as notificações são feitas “online” e os preparativos pagos também em “online”.
Declara que essa candidatura defende também uma advocacia preventiva, vocacionada para
evitar conflitos, pelo conselho do
Advogado prestado antes de o interessado praticar o ato cuja desconformidade
com a lei pode determinar o litígio, no qual, o advogado é solicitado a priori
e não a posteriori.
“Propomos desenvolver uma
campanha de informação da população pelos media, sobre as vantagens de obter
esclarecimento jurídico antes de praticar muitos dos atos da vida quotidiana”,
diz o documento, citando ainda outra ideia forte da candidatura que é a
renovação da Ordem , em que se vai deligenciar juntos de colegas advogados as
possibilidades de adequar algumas
transformações na estrutura proposta pela direção cessante, rompendo com a
tradição centralizadora da figura do Bastonário.
A Ordem de Advogados da
Guiné-Bissau prevê para 19 de Março, a
realização da 7ª Assembleia-geral na
qual será eleito novo Bastonário.
ANG/DMG/ÂC//SG
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