Ucrânia/FMI aprova ajuda de emergência no valor de 1.300ME
A verba aprovada pelo Conselho Executivo do FMI
servirá para “atender às necessidades urgentes de financiamento e mitigar o impacto económico da guerra”, afirma o fundo em comunicado.
O FMI
sublinha que apesar das incertezas, “as consequências económicas” da invasão da
Ucrânia pela Rússia “já são muito graves”, com fluxos de refugiados de mais de
2 milhões de pessoas em 13 dias e a destruição em larga escala de
infra-estruturas importantes no país.
“Este
desembolso ao abrigo do RFI [‘Rapid Financing Instrument’], equivalente a 50%
da quota da Ucrânia no FMI, ajudará a satisfazer as necessidades urgentes da
balança de pagamentos decorrentes dos impactos da guerra em curso e fornecerá
apoio crítico a curto prazo, desempenhando um papel catalisador para o
financiamento de outros parceiros”, pode ler-se no comunicado.
Segundo
o FMI, as autoridades ucranianas “cancelaram” o acordo quer tinham com o fundo
e manifestaram a sua intenção de trabalhar com para projectar um programa
económico apropriado, com vista à reabilitação e crescimento, “quando as
condições o permitirem”.
A
directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, citada no comunicado, sublinha
que “a invasão militar russa da Ucrânia é responsável por uma enorme crise
humanitária e económica” que levará “a uma profunda recessão este ano”.
As
necessidades de financiamento “são grandes, urgentes e podem aumentar
significativamente à medida que a guerra continuar”, realçou Georgieva.
“Uma
vez que a guerra termine e uma avaliação adequada dos danos possa ser
realizada, é provável que seja necessário um grande apoio adicional para apoiar
os esforços de reconstrução”, acrescentou.
A
Rússia lançou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia
que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil
e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos,
segundo os mais recentes dados da ONU.
A
invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que
respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções
económicas a Moscovo. ANG/Inforpress/Lusa
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