EUA/ Mais de 800 milhões de dólares para asistência militar à Ucrânia
Bissau, 22 Abr 22(ANG) – Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram quinta-feira a alocação de mais 800 milhões de dólares (738 milhões de euros) em assistência militar imediata à Ucrânia, que engloba armas e equipamentos do Departamento de Defesa norte-americano.
O
Presidente dos EUA, Joe Biden, indicou que esta ajuda será enviada “directamente
para as linhas de frente da liberdade”.
“O
Presidente [russo, Vladimir] Putin está a apostar que perderemos o interesse,
que a unidade ocidental vai quebrar e mais uma vez vamos provar que ele está
errado”, declarou o chefe de Estado norte-americano.
“Estamos
num período crítico em que vão preparar o terreno para a próxima fase desta
guerra”, acrescentou Biden, frisando que esta nova alocação ajudará o exército
ucraniano a repelir as forças russas da região do Donbass.
Os
EUA e os seus aliados estão a agir “o mais rápido possível” para continuar a
fornecer à Ucrânia “as armas de que as suas forças precisam”, assegurou Joe
Biden.
O
Pentágono disse que esta nova parcela de ajuda à Ucrânia incluiu 72 obuseiros e
respctivos veículos, 144.000 projéteis e 121 drones táticos Phoenix Ghost.
Esses
novos tipos de drones “foram desenvolvidos rapidamente pela Força Aérea dos EUA
para atender a solicitações específicas da Ucrânia”, disse um alto funcionário
do Departamento de Defesa dos EUA.
Em
comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Antony J. Blinken, deu mais
detalhes sobre a ajuda, afirmando que esta será a “oitava retirada de armas,
equipamentos e suprimentos dos stocks do Departamento de Defesa para a Ucrânia
desde Agosto de 2021”.
“Hoje,
quando a Rússia inicia a sua ofensiva renovada no leste da Ucrânia, autorizei,
de acordo com uma delegação do Presidente, Joe Biden, (…) mais assistência
militar imediata à Ucrânia, avaliada em até 800 milhões de dólares em armas e
equipamentos do inventário do Departamento de Defesa. (…) Juntos, continuamos a
apoiar a defesa da Ucrânia pela sua soberania e integridade territorial e a
fortalecer a posição da Ucrânia no campo de batalha e na mesa de negociações”,
disse Blinken.
“Esses
esforços, combinados com o apoio humanitário e financeiro directo dos EUA à
Ucrânia, o apoio à documentação de evidências dos crimes de guerra da Rússia
contra civis ucranianos e os esforços contínuos para aumentar a pressão sobre a
economia em ruínas de Putin ajudarão a enfraquecer a posição do Governo russo e
a isolá-los ainda mais do mundo até que a Rússia termine a sua guerra não
provocada e injustificada contra a Ucrânia”, acrescentou.
Ainda
hoje, os Estados Unidos anunciaram que vão fornecer mais 500 milhões de dólares
(461 milhões de euros) em assistência financeira à Ucrânia para ajudar o país
sitiado a sustentar salários, pensões e outros programas governamentais
enquanto evita a invasão da Rússia.
“Planeamos
enviar essa ajuda directa à Ucrânia o mais rápido possível, para ser usada nas
necessidades mais urgentes”, disse hoje a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
“Sabemos que este é apenas o começo do que a Ucrânia precisará de reconstruir”,
acrescentou.
O
novo financiamento soma-se aos outros 500 milhões de dólares em ajuda económica
que Joe Biden divulgou em Março.
A
Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou
mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade
de o número real ser muito maior.
A
ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de
cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados
da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945).
A
invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que
respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas
e políticas a Moscovo. ANG/Inforpress/Lusa
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