Ucrânia/Delegações ucraniana e russa retomam negociações por videoconferência
“Continuamos
as negociações por videoconferência. As nossas posições sobre a Crimeia e
Donbass [leste ucraniano] não mudaram”, informou o negociador russo Vladimir
Medinsky, na sua conta da rede social Telegram, referindo-se à península
anexada por Moscovo em 2014 e à região das duas repúblicas separatistas
parcialmente sob controlo de movimentos pró-russos.
Também
Mykhailo Pololiak, negociador ucraniano, confirmou o retomar das negociações
por videoconferência, acrescentando que o encontro está a ser realizado entre
vários subgrupos de trabalho.
Espera-se
que Moscovo responda a uma série de propostas ucranianas para um acordo, em que
Kiev propõe a neutralidade da Ucrânia e a renúncia à adesão à NATO, desde que a
sua segurança seja garantida por vários países.
Kiev
propôs ainda um período de negociações para resolver o estatuto da região do
Donbass e da Crimeia.
Moscovo
prometeu, como garantia de boa-fé, reduzir as operações militares nos arredores
de Kiev e de Cherniguiv, dando a entender que pretende fortalecer a ofensiva no
leste da Ucrânia, para assumir o controlo de todo o Donbass.
A
Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo
menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149
crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a
probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A
guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4
milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados
internos.
A ONU
estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária
na Ucrânia.
A
invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que
respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções
económicas e políticas a Moscovo.
ANG/Inforpress/Lusa
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