Cooperação/Primeiro-ministro de Cabo Verde defendeu
hoje que a estabilidade e desenvolvimento pressupõem diversos níveis de
abordagens
Bissau, 10 Mai 22 (ANG) - O
Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva defendeu esta
terça-feira , em Bissau, que a ʺEstabildade
e o Desenvolvimento” pressupõem diversos níveis de abordagens, por serem questões que mexem com sistemas
políticos, cidadania e instituições, em cada país.
José Ulisses de Pina Correia e Silva animava uma palestra sobordinada
ao tema ʺEstabilidade e Desenvolvimento”, na Escola Nacional de Administração
(ENA), em Bissau.
Acrescentou que, se houvesse
receita para essas abordagens seria fácil
e que bastava meté-las no computador e saia o resultado, para que todo mundo aplicasse
a mesma coisa.
ʺNão se aplica sempre assim porque
estamos a falar do mundo complexo, de sociedades que não são iguais e tem
expriências e níveis diferentes , onde cada um de nós tem que criar as
condições de adaptarmos as nossas realidades, que são fundamentais para termos
estabilidade e desenvolvimento”, explicou.
Segundo Ulisses Correia e Silva, qualquer país deve
procurar condições de endogeneizar os fatores de desenvolvimento, por mais que
tenha boas cooperações e parcerias externas.
O chefe do executivo cabo-verdiano,
que cumpre o seu terceiro dia de visita à Guiné-Bissau, realçou que isso, é importante
na economia, nas políticas públicas e no sistema social, para se poder, de fato
e de acordo com a soberania de cada país, fazer o melhor para que o
desenvolvimento aconteça.
Correia e Silva sublinhou
que há tendência de se colocar ênfase nos recursos naturais e minerais, que
são importantes, mas que não geram nem a riqueza nem o desenvolvimento.
“Há muitos países que são
ricos em termos de recursos minerais, ouro, diamante e petróleo entre outros, mais
têm níveis elevados de pobreza”, sustentou.
Acrescentou que a pobreza é mercê
de rendimento per capita, no acesso ao bem estar e naquilo que toca as pessoas
mas que no fundo, segundo diz, estes recursos minerais não criam valores diretamente
para as pessoas.
O governante cabo-verdiano indica
que o grande desafio é transformar esses
recursos em educação, saúde, tecnologia, inovação, emprego e conhecimentos que
depois geram fatores tranformadores.
ʺPaíses como Cabo Verde, por
exemplo, não existiriam se o processo de
desenvolvimento fosse a partir de recursos minerais e naturais, porque não os
temos e há o vários países que são confrontados com esta mesma realiadade”,
referiu.
Para Correia e Silva, o foco deve ser o capital
humano, uma vez que é o homem que
transforma os recursos a partir das riquezas naturais e minerais. ANG/MI/ÂC//SG
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