Covid-19/Fórum Económico Mundial pede melhor distribuição e acesso a vacinas
“Ainda hoje vacinamos apenas 16% a 17%
das populações africanas, enquanto há um excesso de vacinas no mundo
desenvolvido”, lamentou Shyam Bishen, numa entrevista à agência Xinhua, à
margem da Reunião Anual do GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente).
Para este responsável, os problemas de
acesso dos países em desenvolvimento às vacinas contra a covid-19 estão
relacionados à igualdade no quesito saúde.
Neste sentido, saudou o apelo da China
para construir “uma comunidade de saúde para a humanidade”, para debelar a
crise global de saúde pública causada pela pandemia de covid-19.
“O FEM aplaude esse compromisso do
governo chinês e do presidente Xi… tanto em termos de financiamento quanto de
recursos para combater a pandemia em andamento”, disse Shyam Bishen à Xinhua.
A China, lembrou Bishen, deu uma
“importante” contribuição com a distribuição das suas vacinas que são usadas em
muitos países em desenvolvimento.
Bishen entende ainda que o objectivo
da equidade em saúde só pode ser alcançado se “os determinantes sociais e não
sociais da equidade em saúde” forem abordados.
“Enfrentamos desafios no acesso a
produtos e serviços de cuidados, devido aos determinantes sociais, e também à
pobreza e desigualdade na sociedade, onde muitas pessoas não têm acesso à
educação”, defendeu.
Quanto à próxima pandemia, Bishen
disse que exigirá cooperação global, incluindo vigilância de patógenos e
compartilhamento oportuno de informações.
“Se [a próxima pandemia] acontecer,
queremos garantir que seja melhor controlada por meio de fácil acesso a
vacinas, diagnósticos e tratamentos”, perspectivou. ANG/Inforpress/Xinhua
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