Covid-19/Linhagens BA.4 e BA.5 da Ómicron na origem de nova vaga na África do Sul
Bissau,05 Mai 22(ANG) – As linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ómicron, cuja virulência ainda está a ser determinada, estão a causar a nova vaga da pandemia de covid-19 na África do Sul, informou quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Os
cientistas sul-africanos que identificaram a Ómicron no final do ano passado
reportaram duas outras linhagens, BA.4 e BA.5, como causadoras de um pico de
casos na África do Sul”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, em conferência de imprensa.
Segundo
os últimos dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a
BA.5 regista uma frequência crescente em Portugal, tendo atingido
os 4% nas amostras analisadas a nível nacional, circulando com maior
intensidade nas regiões Norte, Centro e Alentejo, não tendo sido detectado
qualquer caso BA.4 em Portugal.
“É muito
cedo para saber se estas novas subvariantes podem causar formas mais graves da
doença do que outras” já conhecidas, mas os primeiros dados sugerem que a
vacina contra a covid-19 continua a oferecer uma boa protecção contra formas
graves da doença e a reduzir o risco de morte, adiantou Tedros Adhanom
Ghebreyesus.
A
África do Sul, o país mais afectado pela covid-19 no continente africano,
entrou numa nova onda de pandemia, alertou no final de Abril o Centro de
Inovação e Resposta Epidémica (CERI).
O
país, onde menos de 45% da população adulta está totalmente vacinada, tinha
registado no início de Março um período de 48 horas sem mortes relacionadas com
covid-19, o primeiro desde 2020.
“A
melhor forma de proteger a população continua a ser a vacinação, bem como as
medidas sociais e de saúde pública comprovadas”, reafirmou o responsável da
OMS, adiantando que a organização registou mais de 6,2 milhões de mortes
em todo o mundo desde o início da pandemia.
Na
conferência de imprensa de hoje, Tedros Adhanom Ghebreyesus avançou que,
globalmente, o número de casos e mortes de covid-19 continua a diminuir, com os
óbitos semanais a registarem o nível mais baixo desde Março de 2020.
No
entanto, a nível regional, a OMS alertou que se está a assistir a um aumento
dos casos nos continentes africano e americano, impulsionado pelas linhagens da
variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2.
O
director-geral da OMS lamentou ainda a redução da testagem em alguns países que
impede a monitorização da evolução do vírus e obriga a OMS a avaliar
“cegamente” a pandemia.
“As
subvariantes BA.4 e BA.5 foram identificadas porque a África do Sul ainda está
a realizar a sequência genética (do vírus) que outros países deixaram de
fazer”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.
ANG/Inforpress/Lusa
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