RDC/Alto dirigente da polícia condenado à morte
Bissau, 13 Mai 22 (ANG) - Um tribunal militar da República Democrática do Congo (RDCongo) condenou à morte um alto dirigente da polícia pelo seu papel no assassínio, em Junho de 2010, do proeminente ativista de direitos humanos Floribert Chebeya e motorista deste, Fidèle Bazana.
Segundo informações recolhidas pelo portal de notícias congolês
"7sur7", o tribunal condenou à morte o comissário superior Christian
Ngoy Kenga Kenga, comandante do batalhão Simba na altura do acontecimento.
As acusações que o
tribunal deu como provadas incluíam assassínio, deserção e desvio de armas e
munições.
Outro dos arguidos no
processo, Jacques Migabo, foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio e foi
demitido da Polícia, decisão igualmente imposta a Kenga Kenga.
Um terceiro arguido,
sobre quem pendia a acusação de deserção foi absolvido.
A sentença contra Kenga
Kenga vem na sequência da condenação à morte, em 2011, de quatro polícias pelo
assassínio do activista, embora o envolvimento de funcionários de alto escalão
na cadeia de comando fosse sempre suspeito.
Chebeya, que liderou a
organização de caridade The Voice of the Voiceless ("Voz dos que não têm
voz", numa tradução livre) - uma das maiores organizações de direitos
humanos na RDCongo -, - era um crítico do Governo, razão pela qual recebeu
várias ameaças de morte durante 20 anos.
O corpo do activista foi
encontrado em Junho de 2010 no interior da sua viatura perto da capital,
Kinshasa, depois de se dirigir à sede da polícia para se encontrar com o então
chefe da Polícia Nacional congolesa, John Numbi.
O motorista do
activista, Bazana, foi dado como desaparecido e a sua morte foi posteriormente
confirmada. ANG/Angop
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