Senegal/Oposição contesta exclusão de
candidatura às legislativas
Bissau, 09 Jun
22 (ANG) - O líder da oposição no Senegal, Ousmane Sonko, declarou, quarta-feira, em Dakar, que não acata a
invalidação da sua candidatura às próximas eleições legislativas e anunciou a
sua entrada em campanha.
Foi perante uma multidão de apoiantes que
o líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, lançou o que chamou de
pré-campanha para as legislativas e disse que a concentração é um aviso ao
Presidente Macky Sall que chamou de "único inimigo".
Na sexta-feira, o Conselho Constitucional
confirmou a exclusão da lista de Yewwi Askan Wi, uma coligação liderada pelo
partido de Ousmane Sonko, o terceiro nas presidenciais de 2019 e candidato
declarado às presidenciais de 2024. Em causa, um erro técnico na lista.
Na manifestação pacífica, Ousmane Sonko
disse que "se Yewwi Askan Wi não participar nas eleições, não haverá
eleições no Senegal". Ora, os analistas temem que a exclusão desta
candidatura às legislativas de 31 de Julho possa inflamar os ânimos e provocar
confrontos.
O líder da oposição voltou a denunciar uma
manobra do chefe de Estado para eliminar um rival das presidenciais de 2024.
Dois outros adversários de Macky Sall, o antigo autarca de Dakar Khalifa Sall e
o filho do antigo Presidente e ex-ministro Karim Wade, viram as suas ambições
suspensas devido a problemas judiciais.
Ousmane Sonko também é alvo, desde o ano
passado, de um inquérito por alegadas violações. Uma acusação que gerou vários
dias de motins que fizeram cerca de uma dezena de mortos.
Desta vez, no final do encontro, Ousmane Sonko
disse aos apoiantes para "irem para casa calmamente" e não irem
ao Palácio Presidencial. Mas, no final de Maio, de acordo com a imprensa, o
líder da oposição pediu aos jovens para "se erguerem" e falou na
possibilidade de desalojar o Presidente da sua residência oficial. ANG/RFI
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