Fauna/Guiné-Bissau transfere quatro chimpanzés para santuário da Libéria
Bissau,11 Jul 22(ANG) – A Direção Geral da Florestas e
Fauna e seus parceiros - o Instituto da Biodiversidade e
das Áreas Protegidas(IBAP), e Aliança Internacional de Santuário(PASA),
procederam a transferência de quatro primatas não-humanos(Chimpanzés) para o
santuário de Libéria.
A revelação foi feita esta, segunda-feira, numa
conferência de imprensa pelo Diretor-geral das Florestas e Fauna, Ussumane Djaló.
De acordo com
uma nota da Direção Geral das Florestas e Fauna distribuída à imprensa, os
quatro chimpanzés denominados de Fifi(fêmea), Tzè(macho), Simon(macho) e
Tita(fêmea), vieram de regiões diferentes nomeadamente, Bissau, Buba e Bafatá,
onde se encontravam em condições difíceis de cativeiro.
“Trata.se de uma transferência e não doação. Assim que
a Guiné-Bissau tiver condições e estruturas
para a manutenção de chimpanzés em cativeiro, poderá solicitar ao
santuário o reenvio destes animais”, refere
a Direcçâo Geral da Florestas e Fauna na nota.
Ussumane Djaló afirmou que, um chimpanzé enquanto bebé
pode-se ser retido em cativeiro, em casa, mas quando está a atingir uma certa
idade fica complicado mantê-lo em casa devido a certos comportamentos que
apresenta.
Para Djaló é um crime ter em casa e um animal protegido
pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora
Selvagens(CITES), como é o caso de chimpanzés.
Aquele responsável frisou que não é bom ter os
chimpanzés em casa vivendo em gaiolas inadequadas, tendo em conta que, nessas
condições, esses primatas correm risco de vida, pelo que devem ser transferidos
para o seu ambiente natural.
“A Guiné-Bissau não tem um santuário onde os chimpanzés
possam ser levados, a única forma é sensibilizar as pessoas para evitarem de
ter os chimpanzés e outras primatas em casa”, disse.
Segundo o Diretor-geral do IBAP, Justino Biai, , o
resgate dos referidos chimpanzés na posse das pessoas, não foi uma tarefa
fácil.
“Constitui um crime, caçar, matar, manter em cativeiro
ou comercializar chimpanzés. As pessoas dão-se em luxo de ter os chimpanzés e
outros animais em vias de extinção, em cativeiro, sem pensar que estão a
cometer um crime porque entendem que são proprietários das referidas espécies e
recusam a sua libertação”, disse.
Trata-se da segunda operação de transferência de
chimpanzés da Guiné-Bissau para o exterior, sendo o primeiro para o santuário do
Quénia, em 2018 e esta para a Libéria.
“Penso que já é tempo de o Estado guineense tomar
medidas necessárias de forma a travar a prática de ter os chimpanzés em
cativeiro”, disse Justino Biai.
ANG/ÂC//SG
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